Nordeste começa a receber centros de distribuição

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O Nordeste responde por 9,3% do comércio eletrônico do País. O número pode parecer ínfimo, mas a taxa de crescimento se comparado com a das regiões Sul e Sudeste é bem superior. No entanto, apesar da franca expansão, as empresas só agora começam a derrubar a resistência na instalação de centros de distribuição (CDs). De quebra, reduz-se o custo logístico e o tempo de espera dos produtos. “Na pesquisa que realizamos, identificamos que cidades do Nordeste tendem a acompanhar um crescimento de acordo com PIB de cada Estado. Fortaleza é uma das cidades que mais fazem compras online”, destaca o CEO da Conversion, consultoria especializada em mapear os acessos a sites de compras, Diego Ivo. A estimativa é que até dezembro, a capital cearense movimente R$ 420 milhões em compras online. Salvador lidera o ranking no Nordeste, com estimativa de R$ 865 milhões em e-commerce. Fatores Apesar dos números, um dos fatores que inviabilizam a estruturação dos CDs é a falta de iniciativas das empresas do Sudeste para instalação dos empreendimentos na Região. “O Sul e Sudeste centralizam o maior volume de compras. Mas é preciso enxergar o fortalecimento do e-commerce no Nordeste”, considera. Os custos de instalação também respondem pela ausência dos equipamentos na Região. “As empresas observam o quanto gastam com uma estrutura e avaliam se a taxa de retorno realmente compensa”. Para a diretora de operações da Netshoes, loja virtual de produtos esportivos, Graciela Tanaka mesmo com as dificuldades logísticas, os clientes estão mais exigentes. “O futuro da logística do e-commerce é oferecer cada vez mais qualidade na entrega e nos serviços oferecidos. O consumidor já está em busca desse atributo no varejo online e toda a cadeia precisa investir para acompanhar essa inevitável evolução”, afirma. Ela relembra que a empresa inaugurou no final de 2012 um centro de distribuição em Recife. “As entregas de pedidos do Norte e Nordeste são as mais beneficiadas. Em algumas regiões, nossos clientes observam reduções de até 50% nos prazos de entrega”, aponta. O auxiliar administrativo Marigezo Souza compra artigos esportivos por sites de e-commerce e diz ter enfrentado problemas na substituição de um produto adquirido em uma loja virtual. “O tamanho não era o combinado. Foram mais de 30 dias para a troca. A empresa me informou que iria avaliar o motivo da troca e pediu um documento que já havia sido enviado”, considera.

Fonte: O Povo.com.br

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