Receita dos serviços cresce 4,5% em agosto, revela IBGE

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 22, que em agosto, o setor de serviços registrou no Brasil um crescimento nominal de 4,5% na comparação com igual mês do ano anterior, inferior às taxas observadas em julho (4,6%) e junho (5,8%).

Este resultado é o menor desde o início da série. Os serviços prestados às famílias registraram crescimento de 9,0%; os serviços de informação e comunicação, de 1,7%; os serviços profissionais, administrativos e complementares, de 7,9%; transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, de 3,2%; e outros serviços, de 10,6%. O crescimento nominal acumulado no ano e o acumulado em 12 meses foram 6,7% e 7,4% respectivamente, também as menores taxas na série.

O resultado de 1,7% registrado nos Serviços de Informação e comunicação (inferior às variações de 2,1% de julho e 5,7% de junho) combinado com o resultado de 3,2%, registrado nos Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (inferior às variações de 4,6% de julho e 4,7% de junho) foram os fatores que contribuíram para que o resultado do mês de agosto se situasse em um patamar inferior aos dos meses anteriores.

Os Serviços de informação e comunicação, atividade de maior peso na estrutura de formação da taxa global da PMS (35,7%), registraram queda na composição relativa da taxa global, passando de 15,2% em julho para 13,3% em agosto. Da mesma forma, os Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, com peso de 30,7%, reduziu sua participação relativa de 32,6% para 22,2%.

Os serviços prestados às famílias registraram no Brasil variação de 9,0% em agosto sobre igual mês do ano anterior, superior à taxa de julho (5,4%) e inferior à de junho (11,1%). No que tange às taxas acumuladas, os resultados foram de 10,4% no ano e nos últimos 12 meses. As atividades que compõem este segmento apresentaram os seguintes resultados: 9,7% em alojamento e alimentação e 4,4% em outros serviços prestados às famílias. Em termos relativos, as empresas prestadoras deste tipo de serviço contribuíram com 13,3% e, em termos absolutos, com 0,6 p.p, para a composição do índice geral.

Os serviços de informação e comunicação registraram crescimento de 1,7%, inferior às taxas de julho (2,1%) e junho (5,7%). No acumulado do ano a taxa foi de 4,6% e nos últimos 12 meses, de 5,5%. Os serviços de tecnologia da informação e comunicação – TIC, que abrangem os serviços de telecomunicações e de tecnologia da informação, apresentaram variação de 1,8%, e os serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias, de 0,9%. O segmento de serviços de informação e comunicação representou 13,3% na contribuição relativa no mês e 0,6 p.p. na composição absoluta do índice geral.

Os serviços profissionais, administrativos e complementares apresentaram crescimento de 7,9%, contra 7,0% em julho e 7,3% em junho. Em termos acumulados, os resultados foram de 7,7% para os oito primeiros meses do ano e de 7,9% para os últimos 12 meses. Os serviços técnico-profissionais, que abrangem os serviços intensivos em conhecimento, variaram 1,4%, e os serviços administrativos e complementares, que englobam os serviços intensivos em mão-de-obra, 10,3%. Com uma contribuição relativa de 35,6%, esse segmento participou, em termos absolutos, com 1,6 p.p. na formação do índice geral.

O segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio registrou crescimento de 3,2% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2013, inferior às taxas de julho (4,6%) e junho (4,7%). Em relação aos resultados acumulados, as taxas de variação foram: 7,4% para o acumulado nos oito primeiros meses do ano e 8,5% para os últimos 12 meses. Todas as atividades apresentaram resultados positivos: transporte terrestre (0,8%), transporte aquaviário (6,2%), transporte aéreo (6,0%) e armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio (6,5%). O segmento de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio contribuiu, em termos relativos, com 22,2% e com 1,0 p.p, em termos absolutos, para a composição do índice global.

No caso específico do segmento Transporte terrestre, a taxa inferior às dos períodos anteriores (0,8%) decorre da demanda desaquecida pelo Transporte rodoviário de cargas, principalmente por parte do setor industrial, o quem tem provocado uma redução dos fretes.

O segmento outros serviços apresentou taxa de crescimento de 10,6%, superior às variações de julho (8,3%) e junho (1,1%). Nos acumulados dos oito meses do ano e dos últimos 12 meses suas taxas alcançaram, respectivamente, 6,5% e 7,0%. O segmento contribuiu, em termos absolutos, com 0,7 p.p. e 15,6%, em termos relativos, para a composição do índice geral.

Para finalizar, das 27 unidades da Federação, 23 apresentaram variação positiva na comparação com agosto de 2013. Os destaques foram: Distrito Federal (13,2%), Acre (11,2%) e Tocantins e Rondônia (ambas com 8,2%). Apresentaram variações nominais negativas as seguintes unidades da Federação: Amapá (-3,9%), Piauí (-2,0%), Mato Grosso do Sul (-1,2%) e Espírito Santo (-0,6%).

Fonte: Investimentos e Notícias

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