Exportações diminuem 2,5% em Abril

Em Abril de 2016, as exportações de bens diminuíram 2,5% e as importações de bens decresceram 7,3% face a Abril de 2015 (evolução negativa de 3,8% e de 0,6% em Março de 2016, respectivamente), revela o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) que divulgou hoje as Estatísticas do Comércio Internacional.

O INE justifica a evolução homóloga negativa das exportações em resultado da evolução do comércio extra-UE, que registou uma quebra de 19,7% (diminuição em Março deste ano foi de 15,1%), já que no comércio intra-UE se registou um aumento de 4% (aumento de 0,5% em Março).

Já quanto à quebra de 7,3% das importações deve-se sobretudo “ ao comportamento registado nas importações extra-UE” que registou uma quebra de 23,7%, contra uma evolução positiva de 1,1% em Março de 2016.

Entre os principais países de destino em 2015, em Abril de 2016 as maiores reduções homólogas verificaram-se nas exportações para parceiros Extra-UE, nomeadamente Angola(-46,8%), China (-60,9%) e Estados Unidos (-15,6%).

Já em relação às importações, em Abril de 2016 registaram-se aumentos nos três principais mercados fornecedores (Espanha, Alemanha e França), que foram mais que compensados pelas reduções nos outros mercados. Angola foi o país que mais contribuiu para a redução global das importações neste mês (-65,4%).

“Angola e os Estados Unidos deixaram de pertencer aos dez maiores países fornecedores, tendo o Brasil e a Suécia atingido respectivamente a 9ª e 10ª posições neste mês”, conclui o INE.

Excluindo combustíveis exportações aumentaram 1,2%

Segundo o INE, excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 1,2% e as importações diminuíram 0,4% (a redução das exportações em Março tinha sido de 1,2%, enquanto as importações aumentaram 3%).

O défice da balança comercial de bens diminuiu 277 milhões de euros em Abril de 2016 face ao mesmo mês de 2015 e o défice da balança comercial excluindo os combustíveis e lubrificantes diminuiu 65 milhões de euros.

O INE salienta aqui que “desde Junho de 2015 as exportações e importações excluindo os combustíveis e lubrificantes registaram crescimentos superiores ao da totalidade das exportações e importações”. Este diferencial de evolução, explica, retrata em grande medida o impacto da redução dos preços relativos dos combustíveis e lubrificante.

Em Abril de 2016, o défice da balança comercial totalizou, assim, 708 milhões de euros, o que representa uma redução de 277 milhões de euros em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, em Abril de 2016, o saldo da balança comercial atingiu um valor negativo de 518 milhões de euros, menos 65 milhões de euros face a Abril de 2015.

As estatísticas do INE revelam que em Abril de 2016, tanto nas exportações como nas importações registaram uma redução dos combustíveis e lubrificantes (-43,0% e -48,3% respectivamente) face a Abril de 2015. Em sentido contrário, evidencia-seo aumento das exportações de bens de consumo (+9,8%) e das importações de material de transporte e acessórios (+17,8%).

No trimestre terminado em Abril de 2016, as exportações de bens decresceram 1,8% e as importações de bens diminuíram 1,4% face ao período homólogo (-1,7% e +0,8% respectivamente no primeiro trimestre de 2016).

E no que se refere às variações face ao mês anterior, as exportações diminuíram, em Abril, 2,1%, devido à evolução registada nas exportações extra-UE e as importações diminuíram 8,1%, em resultado da evolução de ambos os tipos de comércio.

Valor por litro dos vinhos exportados aumentou 26% nos últimos três anos

Segundo o INE, nas transacções de vinhos, tradicionalmente um dos principais bens exportados e em que Portugal apresenta um dos maiores excedentes comerciais. Na análise efectuada destaca-se o aumento de cerca de 26% nos últimos três anos do valor por litro dos vinhos exportados.

Em 2015, os vinhos foram o nono principal produto vendido para os mercados externos (peso de 1,5%) e atingiram o quarto maior excedente comercial.

“Nos últimos anos as exportações de vinhos têm vindo a aumentar em termos nominais, tendo registado um acréscimo de 1,7% em 2015 face ao ano anterior e de 26,9% em relação a 2009”, destaca o INE.

Fonte: Económico

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