Alemã E.ON desiste de desmembrar usinas nucleares e ações têm mínima em 20 anos

EONA E.ON, maior elétrica da Alemanha, abandonou planos de desmembrar suas operações nucleares no país, cedendo à pressão política para manter a responsabilidade sobre bilhões de euros em custos com o descomissionamento das usinas atômicas quando estas forem ser desligadas.

O movimento, que jogou as ações da E.ON para uma mínima em 20 anos, é um enorme golpe sobre o plano de reestruturação do grupo por meio da criação de uma unidade de negócios separada, chamada Uniper, para reunir suas usinas de energia, operações de comercialização de eletricidade e petróleo e atividades de gás.

Com isso, a E.ON fica com uma conta de 16,6 bilhões de euros (18,6 bilhões de dólares) em provisões necessárias para custear o desligamento de suas usinas nucleares, as quais a Alemanha está eliminando progressivamente.

As provisões podem limitar investimentos vitais de que o grupo precisa para manter seus principais negócios em seguida à cisão –as áreas de renováveis, redes e serviços, que a E.On chamou de pilares de um novo mundo da energia.

A E.ON disse que incluir suas usinas nucleares na Uniper, que deve ser lançada no próximo ano, não faz mais sentido depois de mudanças regulatórias recentes, admitindo que o desmembramento como um todo pode até mesmo ser adiado.

O governo alemão propõs uma lei na última semana que pretende evitar que as elétricas fujam de custos com o desligamento de usinas nucleares por meio de reestruturações corporativas.

As últimas usinas nucleares da Alemanha devem ser desligadas em 2022, em resposta ao desastre de Fukushima, no Japão.

 

Fonte: Reuters

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