Dólar engata nova alta e chega a R$ 5,94; no câmbio turismo, vai a R$ 6,14

Na terça, moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 5,8691, em alta de 0,86%.

 

Depois de um início instável, o dólar engatou mais um dia de alta nesta quarta-feira (13), depois de ter batido na véspera nova cotação recorde de fechamento, após discurso desanimador do chairman do Federal Reserve, com os investidores de olho no recrudescimento das incertezas políticas locais.

Às 13h53, a moeda norte-americana subia 0,96%, a R$ 5,9253. Na máxima do dia até o momento, chegou a R$ 5,9449. Já o dólar turismo chegou a bater em R$ 6,1432, sem considerar o IOF. Veja mais cotações.

Na terça-feira, o dólar encerrou o dia vendido a R$ 5,8691, em alta de 0,86%, batendo novo recorde nominal de fechamento, isto é, sem considerar a inflação. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,8860. No mês, a alta acumulada é de 7,89%. No ano, o avanço chegou a 46,37%.

Tensão em Brasília

Na véspera, pesou no mercado de câmbio o aumento da tensão política em Brasília, onde advogados e investigadores assistiram ao vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril. Quatro fontes que assistiram ao vídeo confirmaram à TV Globo e à GloboNews os motivos externados pelo presidente Jair Bolsonaro para exigir a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

Segundo esses relatos, no vídeo, o presidente menciona preocupação com a família ao falar da necessidade de trocar superintendente da PF no Rio. De acordo com as fontes, Bolsonaro menciona na reunião que não quer os “familiares” prejudicados.

Ainda por aqui, o mercado reage à revisão divulgada pelo governo federal para as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB): a expectativa agora é de um tombo de 4,7% na economia este ano. A previsão anterior, divulgada em março, era de que a economia teria crescimento de 0,02% em 2020.

Cenário externo

Nos mercados globais, ressurgiram preocupações com os riscos de abertura prematura da economia.

O chairman do banco central norte-americano, Jerome Powell, disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos podem enfrentar um “período prolongado” de crescimento fraco, acrescentando que o Fed não considera o uso de juros negativos como ferramenta de política monetária.

“Tinha uma expectativa do mercado de que Powell poderia sinalizar juros negativos nos EUA depois que o (presidente norte-americano) Donald Trump renovou as pressões acerca do assunto ontem”, disse Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho. “A fala de Powell frustrou os investidores e fez com que os mercados virassem.”

Na Europa, o Reino Unido informou nesta quarta que o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 2% no 1º trimestre de 2020, na maior retração desde o quarto trimestre de 2008.

Fonte: G1

Arábia Saudita anuncia redução da produção de petróleo em junho

Corte será de 1 milhão de barris por dia (mdb), em um esforço para aumentar os preços.

 

O Ministério da Energia da Arábia Saudita informou nesta segunda-feira (11) que pediu à companhia estatal Saudi Aramco que reduza sua produção em 1 milhão de barris por dia (mbd) a partir de junho, em um esforço para aumentar os preços do petróleo.

Esse corte reduziria a produção do país, o maior exportador de petróleo do mundo, para 7,5 milhões de barris por dia, informou o Ministério da Energia em um comunicado citado pela agência oficial de notícias SPA.

Já o ministro do Petróleo do Kuwait, Khaled al-Fadhel, disse que seu país deve reduzir sua produção em 80.000 barris por dia, a fim de apoiar a iniciativa saudita. “O Kuwait apoia os esforços da Arábia Saudita para restaurar o equilíbrio do mercado de petróleo”, disse Fadhel em comunicado citado pela agência de notícias KUNA.

Outro aliado de Riade, os Emirados Árabes Unidos anunciaram uma redução de 100.000 barris por dia em sua produção de petróleo a partir de junho. O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suheil al-Mazruie, chamou a medida de “uma contribuição aos esforços da Arábia Saudita para equilibrar o mercado de petróleo”, informou a agência oficial WAM.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) — da qual Arábia Saudita, Kuwait e Emirados são membros — e seus principais parceiros, unidos na OPEP+, concordaram em 12 de abril com um corte na produção de 9,7 milhões de barris por dia (mbd) ao longo de dois meses. Esta medida excepcional entrou em vigor em 1º de maio.

De acordo com o acordo concluído em abril, a Arábia Saudita já reduziu sua produção para 8,5 milhões de barris, atingindo o nível mais baixo em mais de uma década. Apesar dessas reduções maciças, os preços ainda não se recuperaram, na ausência de uma recuperação real da demanda, paralisada pela crise ligada ao novo coronavírus.

“O reino busca por meio dessa nova redução incentivar os países da OPEP e os países produtores fora da OPEP a respeitarem suas promessas de reduzir sua produção e fazer reduções adicionais para apoiar a estabilidade do mercado mundial de petróleo”, disse o Ministério saudita.

Atualmente, o preço do barril está em cerca de US$ 30.
Fonte: G1

Preços do petróleo avançam 3% com flexibilização de lockdowns

Cortes nos bombeamentos pelos principais países também ajudaram a sustentar a alta das cotações.

 

Os preços do petróleo avançaram 3% nesta segunda-feira (4), à medida que mais países anunciaram que começarão a flexibilizar os “lockdowns” pelo coronavírus e que cortes de bombeamento pelas principais nações produtoras e empresas entram em cena.

A demanda global por combustíveis caiu cerca de 30% em abril, devido principalmente às ordens de isolamento, e o fraco consumo deve rondar os mercados do petróleo por meses, mesmo com a redução de oferta por grandes produtores a partir de 1º de maio. No entanto, analistas afirmaram que a ação veloz dessas partes pode ajudar a reduzir o excesso de oferta mais rapidamente.

“O mercado continua precificando a ideia de que as coisas estão melhorando”, disse Gene McGillian, vice-presidente de pesquisas de mercado da Tradition Energy em Stamford, Connecticut.

O petróleo Brent fechou o dia cotado a US$ 27,60 por barril, alta de 0,76 dólar, ou 2,9%, enquanto o petróleo dos Estados Unidos avançou 0,61 dólar, ou 3,1%, para US$ 20,39 o barril.

“Devemos ver os cortes de produção começando a aparecer agora… A lenta retomada não apenas de alguns Estados aqui nos EUA, mas também em alguns países da Europa, está começando a aliviar parcialmente alguns dos temores de demanda”, acrescentou McGillian.

Itália, Finlândia e diversos Estados norte-americanos estão entre os vários governos que se movimentam nesta segunda-feira para flexibilizar restrições em busca de uma retomada econômica, embora autoridades alertem contra medidas muito rápidas em um momento em que os casos de coronavírus no mundo passam de 3,5 milhões e as mortes batem 250 mil.
Fonte: G1

Preços do petróleo sobem após atingirem menor nível desde 1999

Mais cedo, o Brent tocou US$ 15,98 por barril, menor nível neste século.

 

Os preços internacionais do petróleo passaram a ser negociados em alta nesta quarta-feira (22), após terem recuado mais cedo para abaixo de US$ 16, menor nível desde 1999, impulsionados por cortes voluntários e forçados de produção esperados como forma de combater o excesso de oferta causado pela crise do coronavírus.,

O petróleo Brent subia 8,43%, a US$ 20,96 por barril, às 10h32 (horário de Brasília). Já oo petróleo dos Estados Unidos avançava 18,93%, a US$13,76 por barril.

Mais cedo, o Brent tocou US$ 15,98 por barril, menor nível desde junho de 1999. Já o barril WTI chegou a perder 8,04%, caindo a US$ 10,76.

A Opep+ fechou acordo neste mês para novas restrições de oferta, mas medidas adotadas pelo mundo para combater a disseminação do vírus reduziram ainda mais a demanda. A expectativa é de que a queda nos preços gere cortes de produção por motivos econômicos ou devido à falta de capacidade de armazenamento, destaca a Reuters.

Na terça-feira, os contratos futuros do Brent para entrega em junho recuaram 24%, para US$ 19,33 por barril, no menor valor desde fevereiro de 2002. Já o petróleo dos EUA caiu 43%, a US$ 11,57.

Poucos compradores; aumento das reservas
A sobreoferta tem crescido desde que a Opep+, liderada por Arábia Saudita e Rússia, falhou em prorrogar cortes de produção no mês passado. A Opep+ chegou a um acordo para novos cortes neste mês, mas medidas de isolamento de governos para conter a pandemia cortaram ainda mais a demanda.

O contrato de barril de WTI para entrega expirou nesta terça-feira (21), o que significou que aqueles que o assinaram tiveram de encontrar compradores físicos. Com o aumento das reservas nos Estados Unidos nas últimas semanas, os produtores foram obrigados a baixar o preço para fazer essa conta fechar, provocando o colapso dos preços na segunda — o contrato mais próximo do vencimento nos EUA caiu para território negativo pela primeira vez em todos os tempos na segunda-feira.

Na semana passada, a Administração de Informações sobre Energia dos EUA informou que as reservas de petróleo subiram 19,25 milhões de barris, enquanto a demanda recuou 30%.

Mercado pressionado

Embora países produtores tenham concordado em reduzir bombeamento e as maiores petroleiras do mundo também estejam diminuindo produção, os cortes não serão rápidos o suficiente para evitar problemas nas próximas semanas.

“O mercado de petróleo está profundamente encrencado e é pouco provável que saia desse mal-estar no curto prazo”, disse Stephen Brennock, da corretora PVM. “A demanda está baixa, a oferta está elevada e os estoques estão cheios.”

O mercado de petróleo passou nesta semana por alguns dos momentos mais selvagens da história das negociações. “Estejam preparados para mais surpresas nesse mercado quebrado do petróleo”, disse o chefe de mercados de petróleo da Rystad Energy, Bjornar Tonhaugen.

O Brent chegou agora a níveis tão baixos quanto vistos quando a Opep também lutava contra um excesso no mercado e havia preocupação entre empresas e consumidores — na época dos temores relacionados ao “bug do milênio”, que poderia afetar computadores na virada do século.
Fonte: G1

Preço do petróleo americano despenca mais de 40%, e vai abaixo de US$ 11 o barril

Bloqueios e restrições de viagens em todo planeta têm um forte impacto na demanda pela commodity.

 

A cotação do petróleo americano registrava queda de quase 40% nesta segunda-feira (20), abaixo de US$ 12 o barril – um novo mínimo em mais de duas décadas, consequência da redução expressiva da demanda mundial provocada pela pandemia de coronavírus.

Por volta das 12h15 (horário de Brasília), o barril americano West Texas Intermediate (WTI) perdia 41,38% e era negociado a US$ 10,71 a unidade. Este é seu menor nível desde 1999, de acordo com a France Presse. Em 2011, o barril valia US$ 114.

Ao mesmo tempo, o barril de Brent do Mar do Norte, referência para o mercado europeu, recuava 5,16%, a US$ 26,63 o barril.

Nas últimas semanas, o mercado de petróleo registrou o menor nível de preços em quase 20 anos. Bloqueios e restrições de viagens em todo planeta têm um forte impacto na demanda. A crise aumentou depois que a Arábia Saudita, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), iniciou uma guerra de preços com a Rússia, que não integra o cartel.

Os dois países encerraram a disputa no início do mês, quando aceitaram, ao lado de outros parceiros, reduzir a produção em quase 10 milhões de barris diários para estimular os mercados afetados pelo vírus. Ainda assim, os preços continuam em queda. Analistas consideram que os cortes não são suficientes para compensar a forte redução da demanda.

>”Os preços do petróleo continuarão sob pressão”, destaca o banco ANZ em um comunicado. “Embora a Opep tenha aceitado uma redução sem precedentes na produção, o mercado está inundado de petróleo”, acrescenta a nota. “Ainda existe o temor de que as instalações de armazenamento nos Estados Unidos estejam ficando sem capacidade”, analisa o banco.

Michael McCarthy, especialista da CMC Markets, afirma que a queda do WTI “evidencia um excesso” das reservas de petróleo no terminal de Cushing (Oklahoma, sul dos Estados Unidos).

O índice de referência americano agora está “desvinculado” do Brent, referência do petróleo europeu, e “a diferença entre os dois atingiu o nível mais elevado em uma década”, ressaltou.

O contrato de barril de WTI para entrega em maio termina em breve, o que significa que aqueles que o assinaram têm de encontrar compradores físicos. As reservas já aumentaram muito nos Estados Unidos nas últimas semanas, porém, o que significa que terão de baixar seus preços.

A Administração de Informações sobre Energia dos EUA informou que as reservas de petróleo subiram 19,25 milhões de barris na semana passada.

Sukrit Vijayakar, analista da Trifecta Consultants, destaca que as refinarias americanas não conseguem transformar o petróleo cru de maneira suficientemente rápida, o que explica por que há menos compradores e, ainda assim, as reservas continuam aumentando.

“Acredito que, em breve, voltaremos aos menores níveis desde 1998, por volta dos 11 dólares”, afirmou Jeffrey Halley, analista de mercados da OANDA entrevistado pela AFP.
Fonte: G1

O transporte coletivo na crise do coronavírus

Com o confinamento e a paralisação das atividades econômicas e de educação por causa da covid-19, o sistema de transporte coletivo es – tá sendo obrigado a se reinventar.

 

Somente a ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos) sofreu nos últimos trinta dias um déficit de R$ 933 milhões, segundo balanço divulgado na terça-feira, 14 de abril. “Os operadores metroferroviários vêm buscando, de todas as formas, manter os seus atuais níveis de operação.

Mas com a imensa queda na demanda, algumas empresas já sentem uma enorme dificuldade para cumprir suas obrigações, estando próximas da necessidade de paralisação. Precisamos de um olhar urgente para o setor de trans – porte público sobre trilhos, visando a operação plena do serviço”, destacou Joubert Flores, presidente do conselho da ANPTrilhos.

Segundo ele, foram apresentadas várias medidas ao governo federal para garantir a operação dos sistemas em todo o Brasil. Já outras associações de transporte público, como a ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) e a NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), propuseram ao governo um projeto emergencial para esse momento crítico, mas que ainda não foi aprovado.

Trata-se do “Programa Transporte Social”, que propõe a compra antecipada de créditos de passagens (bilhetes eletrônicos) pelo governo federal para distribuir aos beneficiários dos seus programas sociais ou para os profissionais que estão trabalhando ativamente nesse período.

Essa medida, caso entre em vigor, permitirá a manutenção do emprego de milhares de trabalhadores do transporte. São questões como essas que estão em jogo no momento. A crise da covid-19 escancara muitas das nossas deficiências sociais e econômicas e coloca em risco a continuidade de várias empresas. O transporte coletivo também está em situação difícil, mas vale lembrar de sua importância para o bem-estar da população – é o modal mais acessível, sustentável e econômico –, reforçando a necessidade de medidas governamentais para garantir sua permanência. Focar no transporte público é uma questão urgente nesse momento e irá fazer a diferença no futuro do país e na saúde das próximas gerações. Se há uma palavra que ficou fortalecida nesse período de pandemia, ela é “coletividade”.

Ter um olhar coletivo e solidário, que contemple o bem-estar da maioria, deixando para trás o individualismo – que no campo da mobilidade urbana se traduz na imensa frota de carros que transportam uma só pessoa –, é fundamental para que a gente viva melhor nos dias que estão por vir.
Fonte: Metro Jornal

Comércio global deve cair entre 13% e 32% por conta do coronavírus, diz OMC

O documento destaca ainda que a recuperação deve ocorrer em 2021, podendo variar de avanço de 21,3% a 24%

 

A Organização Mundial do Comércio (OMC) prevê que o volume de comércio global cairá entre 13% e 32%, como resultado das disfunções econômicas provocadas pelo coronavírus. Em relatório divulgado nesta quarta-feira, 8, a entidade explica que o cenário é difícil para previsões, devido ao caráter incerto da pandemia, mas conclui que a queda será mais acentuada do que a observada durante a crise financeira de 2008 e 2009.

Segundo o documento, as regiões mais afetadas pelo declínio nas exportações serão a América do Norte, com contração entre 17,1% e 40,9%, e Ásia, com recuo de 13,5% a 36,2%. Na América Latina, o recuo deverá variar de 12,9% a 32,8%.

A OMC também ressalta que setores com cadeias produtivas mais complexas serão mais fortemente atingidos, entre eles o de produtos eletrônicos e o automobilístico. Na avaliação da Organização, o comércio de serviços será impactado por meio de restrições de transporte e de viagens. O documento destaca ainda que a recuperação deve ocorrer em 2021, embora pondere que as estimativas são incertas, podendo variar de avanço de 21,3% a 24%. De acordo com a análise, a retomada rápida acontecerá se empresas e consumidores interpretarem os efeitos da covid-19 como temporários. “Os números são ruins – não tem como fugir disso.

Mas uma rápida e vigorosa recuperação é possível”, disse o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo.Em coletiva de imprensa virtual, Azevêdo afirmou que em um ou dois anos será possível retornar aos níveis econômicos anteriores à pandemia, dependendo das ações de cada governo. Ele salientou que as medidas de estímulos fiscais e monetárias, anunciadas por vários países, deve ajudar no processo. “Não temos assimetrias ou problemas com fundamentos da economia global. Essa é uma crise na saúde, que causa choques na oferta e na demanda”, explicou.

2019

Azevedo afirmou que o mundo já estava registrando uma queda no comércio antes da pandemia de coronavírus, por conta das tensões comerciais e da desaceleração econômica. Em relatório divulgado nesta quarta, a entidade revelou que o volume de comércio global contraiu 0,1% em 2019 e deve despencar de 13% a 32% em 2020. Segundo o documento, o valor total das exportações caiu 3% no ano passado, a US$ 18,89 trilhões.

Na contramão, o valor do comércio de serviços subiu 2%, a US$ 6,03 trilhões, expansão mais tímida do que a registrada de 2018, quando houve avanço de 9%. Na entrevista coletiva virtual, Azevêdo destacou que nenhum país vai ficar imune à crise provocada pelo coronavírus. Ele exortou a comunidade internacional a ajudar os países em desenvolvimento. “Países fortemente endividados merecem atenção, porque terão desafios em duas frentes: o sistema de saúde deles não é tão robusto e o desemprego vai subir consideravelmente”, disse.
Fonte: Época Negócios

Trump diz esperar acordo entre Rússia e sauditas sobre petróleo em breve; preços do barril saltam

Barril de petróleo e negociado em alta ao redor de 10% nesta quinta-feira (2).

 

O presidente norte-americano Donald Trump disse que conversou recentemente com líderes da Rússia e da Arábia Saudita e que acredita que os dois países chegarão a um acordo para encerrar sua guerra de preços no mercado de petróleo “em poucos dias”, reduzindo a produção para apoiar as cotações.

Ele também afirmou que convidou executivos do setor de petróleo dos Estados Unidos à Casa Branca para discutir meios de ajudar à indústria, “devastada” pela forte queda na demanda durante a pandemia de coronavírus e pela disputa entre russos e sauditas.

“Eu vou me encontrar com os produtores de petróleo na sexta-feira. Vou me reunir com produtores independentes de petróleo também na sexta-feira ou no sábado. Talvez domingo. Nós teremos um monte de reuniões sobre isso”, disse Trump a jornalistas.

“Ao redor do mundo, a indústria de petróleo tem sido devastada”, disse ele. “É muito ruim para a Rússia, é muito ruim para a Arábia Saudita. Quero dizer, é muito ruim para ambos. Eu acredito que eles vão fazer um acordo.”

Os preços do petróleo saltavam nesta quinta-feira (2). Perto das 8h20 (horário de Brasília), o barril do tipo Brent subia 10,23%, em Londres, a US$ 27,27. Já o barril WTI, nos EUA, tinha alta de 9,35%, a US$ 22,21.

Os preços globais do petróleo caíram mais de 60% neste ano, à medida que o coronavírus impacta economias pelo mundo, ao mesmo tempo em que os importantes produtores Rússia e Arábia Saudita começam a inundar o mercado com petróleo.

A queda nos preços ameaça a indústria de produção de petróleo “shale” nos EUA com possíveis falências e dispensas de funcionários em massa, o que levou o governo norte-americano a buscar meios de proteger o setor.

Nos encontros com executivos de petróleo, Trump deve discutir uma série de opções para apoiar a indústria, incluindo a possibilidade de tarifas sobre importações de petróleo da Arábia Saudita, segundo o Wall Street Journal, que noticiou primeiro as reuniões.

Importantes petroleiras como Exxon, Chevron, Occidental Petroleum e Continental Resources devem participar do encontro inicial na sexta-feira, segundo o jornal.
Fonte:G1

Congresso dos EUA e Casa Branca chegam a acordo para socorro de US$ 2 tri a empresas e trabalhadores

Proposta dos Republicanos, de distribuir U$ 1.200 por pessoa, é vencedora. Projeto deve ser votado hoje no Senado

 

O Congresso dos Estados Unidos e a Casa Branca chegaram a um acordo sobre o pacote de estímulo à economia americana na madrugada desta terça-feira. O socorro, de US$ 2 trilhões, prevê ajuda a trabalhadores e a pequenos negócios, além do apoio a grandes corporações, como companhias de aviação e de cruzeiros.

O projeto, que tem como objetivo amortecer os impactos econômicos negativos da pandemia do coronavírus, deve ser votado nesta quarta-feira no Senado e enviado à Câmara em seguida. Só então seguirá para a sanção do presidente Donald Trump.

O socorro tem uma abordagem diferente da adotada durante a crise de 2008. À época, o governo foi acusado de ser pouco transparente em seus esforços para ajudar grandes corporações, deixando os mais vulneráveis desassistidos.

– Este pacote será o maior programa de assistência a pequenas e médias empresas [main street, em inglês] na história dos Estados Unidos – disse o diretor do Conselho Econômico Nacional americano, Larry Kudlow

Houve disputa entre Democratas e Republicanos, mas os dois partidos concordavam em um instrumento para que a ajuda chegue direto aos trabalhadores: fazer pagamentos diretos de mais de US$ 1 mil para milhões de americanos. O pagamento seria feito de uma única vez, e casais receberiam por pessoa, com um adicional de US$ 500 por criança.

Venceu a proposta dos Republicanos de U$ 1.200 por pessoa, chegando a U$ 3.000 por família de quatro, enquanto a dos Democratas queriam um valor maior de U$ 1.500 por pessoa, chegando a U$ 7.000 por família de cinco.

Ajuda a empresas para manter salários

O pacote prevê ainda US$ 367 bilhões para as pequenas empresas manterem o pagamento da folha enquanto os funcionários estiverem afastados. Também foi acordada uma linha de crédito de US$ 500 bilhões para as grandes indústrias, incluindo o setor aéreo. Os hospitais terão uma ajuda significativa.

Segundo os democratas, o pacote cobrirá quatro meses de salário, em lugar dos três originalmente previstos. Os trabalhadores receberão o seguro-desemprego normalmente pago pelos estados mais US$ 600 por semana por quatro meses; quem presta serviços para aplicativos, como Uber, terá direito a esse valor.

As empresas poderão postergar o pagamento do imposto sobre a folha, de 6,2%. A fim de garantir a transparência, deve ser criado o cargo de inspetor-geral, além de um órgão fiscalizador, para supervisionar as transferências às empresas. Medida semelhante fora adotada na crise de 2008.

O presidente americano, Donald Trump, disse que o acordo incluirá apoio a companhias aéreas e de cruzeiros. Além do pacote de U$ 2 trilhões, o Diretor do Conselho Econômico Nacional, Larry Kudlow, citou, durante a coletiva ao lado de Trump, os estímulos via Fed, o Banco Central americano, outros U$ 4 trilhões, somando U$ 6 trilhões, ou cerca de 30% do PIB anual dos EUA.

– Estamos começando um período difícil, mas achamos que vai ser apenas algumas semanas ou meses, não anos – disse Kudlow.

A proposta é o terceiro – e maior – plano do Congresso para enfrentar a crise do coronavírus à medida que a a Covid-19 se espalha.

Um plano inicial de US$ 8 bilhões aprovado pelo Congresso em 5 de março teve como foco o financiamento de necessidades emergenciais de assistência médica. Um segundo plano, promulgado na semana passada, fornecerá a muitos americanos licença médica paga, assistência alimentar e testes gratuitos de coronavírus. Também enviará dezenas de bilhões em dinheiro novo a estados.

Há ainda ações do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), que prevê financiamento a empresas, estudantes e até cartao de crédito.
Fonte: O Globo

Bolsas da China têm maior recuo desde 2015

Operador da bola de Xangai trabalha com máscara na abertura do mercado chinês, nesta segunda-feira

Com a reabertura do mercado financeiro na China após 10 dias fechado, já era esperado um derretimento nas ações; momento é de pânico nos mercados pela epidemia do novo coronavírus no gigante asiático.

As bolsas da China continental registraram nesta segunda-feira (3) baixas expressivas de mais 7%, o maior recuo diário desde 2015, em um momento de pânico nos mercados pela epidemia do novo coronavírus no gigante asiático.

O índice composto da Bolsa de Xangai fechou em queda de 7,72%, a 2.746,61 pontos, enquanto a Bolsa de Shenzhen, a segunda maior da China, terminou em contração de 8,41%, a 1.609,00 pontos.

Esta foi a primeira sessão das Bolsas chinesas após o longo recesso das férias do Ano Novo lunar. As Bolsas de Xangai e Shenzhen estavam fechadas desde 24 de janeiro, um dia após o início da quarentena em Wuhan, epicentro da epidemia do novo coronavírus.

As vendas generalizadas reduziram em cerca de US$ 400 bilhões o valor total das ações no mercado chinês.

Bolsas asiáticas

Os índices das bolsas ao redor do mundo registraram baixas consideráveis nos últimos 10 dias em consequência da epidemia na China. Nesta segunda-feira, a Bolsa de Hong Kong encerrou a sessão com alta de 0,17%.

“O pânico dos investidores se propagou rapidamente a todos os níveis e dominará o mercado a curto prazo”, declarou à France Presse Yang Delong, economista do First Seafront Fund.

Mais de 2.600 ações caíram até o limite diário de 10%, de acordo com a agência Bloomberg. O yuan registrou desvalorização de 1,5%, superando o limite chave de US$ 7. Já a Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de segunda-feira em baixa de 1,01%. O índice Nikkei perdeu 233,24 pontos, a 22.971,94 unidades.

Com a reabertura do mercado financeiro na China, já era esperado um derretimento nas ações. Para evitar maiores danos, o Banco Central chinês anunciou uma injeção de US$ 175 bilhões para estimular economia.

Em comunicado, o BC chinês informou que a operação servirá para manter “uma liquidez razoável e abundante” no sistema bancário, assim como para estabilizar o mercado de câmbio.

Fonte: G1

Bolsas da China têm maior recuo desde 2015

Operador da bola de Xangai trabalha com máscara na abertura do mercado chinês, nesta segunda-feira

Com a reabertura do mercado financeiro na China após 10 dias fechado, já era esperado um derretimento nas ações; momento é de pânico nos mercados pela epidemia do novo coronavírus no gigante asiático.

As bolsas da China continental registraram nesta segunda-feira (3) baixas expressivas de mais 7%, o maior recuo diário desde 2015, em um momento de pânico nos mercados pela epidemia do novo coronavírus no gigante asiático.

O índice composto da Bolsa de Xangai fechou em queda de 7,72%, a 2.746,61 pontos, enquanto a Bolsa de Shenzhen, a segunda maior da China, terminou em contração de 8,41%, a 1.609,00 pontos.

Esta foi a primeira sessão das Bolsas chinesas após o longo recesso das férias do Ano Novo lunar. As Bolsas de Xangai e Shenzhen estavam fechadas desde 24 de janeiro, um dia após o início da quarentena em Wuhan, epicentro da epidemia do novo coronavírus.

As vendas generalizadas reduziram em cerca de US$ 400 bilhões o valor total das ações no mercado chinês.

Bolsas asiáticas

Os índices das bolsas ao redor do mundo registraram baixas consideráveis nos últimos 10 dias em consequência da epidemia na China. Nesta segunda-feira, a Bolsa de Hong Kong encerrou a sessão com alta de 0,17%.

“O pânico dos investidores se propagou rapidamente a todos os níveis e dominará o mercado a curto prazo”, declarou à France Presse Yang Delong, economista do First Seafront Fund.

Mais de 2.600 ações caíram até o limite diário de 10%, de acordo com a agência Bloomberg. O yuan registrou desvalorização de 1,5%, superando o limite chave de US$ 7. Já a Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de segunda-feira em baixa de 1,01%. O índice Nikkei perdeu 233,24 pontos, a 22.971,94 unidades.

Com a reabertura do mercado financeiro na China, já era esperado um derretimento nas ações. Para evitar maiores danos, o Banco Central chinês anunciou uma injeção de US$ 175 bilhões para estimular economia.

Em comunicado, o BC chinês informou que a operação servirá para manter “uma liquidez razoável e abundante” no sistema bancário, assim como para estabilizar o mercado de câmbio.

Fonte: G1

Bolsa do Japão fecha no nível mais baixo de 3 semanas por temores por surto de coronavírus

Índice Nikkei

Número de mortos passou de 100 na China, e província de Zhejiang informou que as empresas lá não poderão retomar as operações antes de 9 de fevereiro.

O mercado acionário japonês recuou nesta terça-feira (28), com o índice Nikkei atingindo mínima de fechamento de três semanas, uma vez que o novo coronavírus na China levou autoridades a adotarem medidas mais drásticas para conter o surto.

O índice Nikkei recuou 0,55%, para 23.215,71 pontos, nível mais baixo de fechamento desde 8 de janeiro.

As vendas se ampliaram depois de ficarem inicialmente concentradas em setores que devem ser afetados diretamente pelo vírus, como turismo e indústrias relacionadas.

Mesmo empresas que devem ter fortes perspectivas de crescimento como a Keyence e Recruit Holdings foram afetadas, recuando 2,8% e 1,9% respectivamente.

“Os preços das ações estavam elevados, então uma correção era necessária e o coronavírus forneceu esse gatilho”, disse Tetsuro Ii, presidente do Commons Asset Management.

O número de mortos devido ao coronavírus passou de 100 na China, e a província de Zhejiang informou que as empresas lá não poderão retomar as operações antes de 9 de fevereiro.

Já as bolsas europeias rondavam a estabilidade na abertura dos mercados nesta terça-feira, depois de registrar o pior dia em cerca de 4 meses na sessão anterior. Às 7h50 (horário de Brasília), o índice FTSEEurofirst 300 caía 0,01%, a 1.619 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdia 0,06%, a 414 pontos, depois de operar no azul mais cedo.

Veja o fechamento das principais bolsas asiáticas nesta terça:

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,55%, a 23.215 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG permaneceu fechado.
  • Em XANGAI, o índice SSEC não teve operações.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, não operou.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 3,09%, a 2.176 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX ficou fechado.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,81%, a 3.181 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 1,35%, a 6.994 pontos

Fonte: G1

Depois do INSS, Receita Federal também pode entrar em colapso, alerta associação

receita.pages

O próximo órgão público a enfrentar uma grave crise institucional por falta de servidores — como a que ocorre no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — pode ser a Receita Federal. O alerta foi dado pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais do órgão, a Anfip, cujo levantamento apontou uma perda de mais de um terço do quadro funcional especializado nos últimos 10 anos.

O cargo de auditor-fiscal foi o que teve a maior redução de pessoal, de 34%, caindo de 12.721 servidores, em janeiro de 2009, para 8.477 auditores, em novembro de 2019. Esse número já diminuiu depois da promulgação da Emenda Constitucional 103 (reforma da Previdência), quando mais 130 auditores se aposentaram.

O presidente da Anfip, Décio Lúcio Lopes, explicou que, se não houver concurso para a reposição do quadro funcional em breve, pode haver dificuldade na prestação de serviços à população, como análise do Imposto de Renda (restituição e malha fina, por exemplo) e realização de consultas técnicas ao contribuinte. A crise pode provocar até o fechamento de agências por falta de funcionários. E o resultado pode ser perda de arrecadação de tributos.

— Cada auditor-fiscal representou, no ano passado, R$ 89 milhões na média de recuperação fiscal. O número de empresas formais aumenta, enquanto diminuiu o número de auditores para fiscalizá-las. Também vem reduzindo o número desses servidores nas alfândegas, nas fronteiras, e isso dificulta o combate à sonegação tributária. Cada vez que ocorre uma ação em portos e aeroportos, há uma possibilidade de arrecadação para o Estado muito grande — contou Lopes.

O presidente da Anfip disse que se reuniu algumas vezes com a diretoria da Receita Federal para alertar sobre a necessidade da realização de novos concursos, mas o órgão não deu uma previsão para que isso ocorra. O último processo seletivo para o Fisco foi realizado em 2014 e teve a entrada de 278 auditores-fiscais, segundo o levantamento feito pea associação.

Fonte: Extra

Bolsonaro concede R$ 6 extras ao salário mínimo

seis moedas de um real

Ideia é recompor poder de compra após repique da inflação em dezembro

Para recompor integralmente a inflação, o presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem um aumento no salário mínimo para 2020, que a partir de 1º de fevereiro passará a R$ 1.045. O novo valor contempla o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2019, que acelerou no final do ano passado e fechou com alta de 4,48%.

“Tivemos uma inflação atípica em dezembro, não esperávamos que fosse tão alta assim. Foi em virtude basicamente da carne e tínhamos que fazer com que o valor do salário mínimo fosse mantido”, disse. “Então, ele passa, via medida provisória, de R$ 1.039 para R$ 1.045 a partir de 1º de fevereiro”, completou o presidente em anúncio feito ao lado do mi

O reajuste do salário mínimo determinado por Bolsonaro em 31 de dezembro foi insuficiente para fazer frente à inflação do ano passado. Divulgado na semana passada, o INPC teve alta de 4,48% em 2019. O novo mínimo, no entanto, tinha sofrido reajuste de 4,1% – considerada a inflação acumulada de janeiro a novembro, mais uma previsão para dezembro -,

Segundo o presidente, uma nova medida provisória será enviada ao Congresso para acomodar a mudança. Havia a discussão no governo sobre qual mecanismo seria utilizado para viabilizar a alteração.

Uma das opções seria propor uma alteração à MP já em tramitação. Nesse caso, a alteração seria mais demorada, porque dependeria da aprovação do texto pelo Legislativo. Outra possibilidade seria editar uma nova MP, com, portanto, validade imediata. Mas havia dúvida se isso não iria de encontro às regras que limitam a reedição de medidas provisórias

Segundo os cálculos da equipe econômica, cada R$ 1 de elevação no salário mínimo aumentará a despesa da União em R$ 355 milhões neste ano, R$ 366 milhões no ano que vem e R$ 377 milhões em 2022, considerando a indexação de benefícios.

Por essa conta, explicou o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, o aumento no mínimo custará R$ 2,13 bilhões neste ano. Em coletiva concedida à imprensa antes do anúncio oficial de Bolsonaro, o secretário afirmou que a equipe econômica encontraria espaço para atender à demanda do presidente por meio de um ajuste no Orçamento, ou seja,

Ao lado do presidente, Guedes não descartou a possibilidade de um contingenciamento (bloqueio de recursos no Orçamento) para viabilizar o aumento – isso sem descumprir regras como o teto de gastos e a meta fiscal. “Naturalmente, dependendo das coisas que vão acontecer, pode haver um contingenciamento.”

Sem dar detalhes, Guedes afirmou ainda que o governo “possivelmente” anunciará em breve uma arrecadação extraordinária na casa dos R$ 8 bilhões, que ajudaria a cobrir o reajuste. Uma solução pelo lado da receita, no entanto, não resolveria o problema da limitação imposta pelo teto.

Os técnicos do governo têm até 22 de março para divulgar o relatório bimestral de receitas e despesas, com o Orçamento ajustado à nova realidade de gastos. Ainda há dúvidas sobre a necessidade de apresentação de um relatório extemporâneo antes desse prazo.

Waldery disse também que ainda está sendo calculado qual o impacto do reajuste pelo INPC nas aposentadorias acima do salário mínimo. Segundo ele, a diretriz é não fazer assimetrias entre reajuste de pessoas que ganham até um salário mínimo e acima disso.

Outras medidas que podem exigir cortes de despesas são o pagamento do 13º salário do Bolsa Família também neste ano e a possibilidade de criação de um subsídio da energia elétrica para tempos religiosos. Sobre a decisão do Congresso de conceder o 13º salário para o Bolsa Família, Waldery afirmou que o tema está em análise.

Fonte: Valor Econômico

Mercado reduz expectativa de inflação em 2020 e vê dólar mais baixo

Inflação

Previsão de inflação deste ano passou de 3,60% para 3,58%. Economistas reduziram de R$ 4,09 para R$ 4,04 a projeção para o dólar no fim de 2020.

Os economistas do mercado financeiro reduziram sua estimativa de inflação para este ano e também passaram a projetar um dólar menor no fim de 2020.

As projeções fazem parte do boletim de mercado, conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central (BC). Os dados constam de um levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.

De acordo com o boletim, os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para 2020 de 3,60% para 3,58%.

A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,5% a 5,5%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

No ano passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, fechou em 4,31%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4,25%. Foi a maior inflação anual desde 2016.

Para 2021, o mercado financeiro manteve a estimativa de inflação em 3,75%. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.

Produto Interno Bruto

O mercado financeiro manteve a previsão de crescimento de 2,30% para a economia brasileira em 2020. Para o próximo ano, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu em 2,50%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

Outras estimativas

  • Taxa de juros: o mercado manteve a previsão para a taxa Selic no fim de 2020 em 4,5% ao ano. Atualmente, a taxa de juros já está nesse patamar. Para o fechamento de 2021, a expectativa do mercado para a taxa Selic recuou de 6,50% para 6,25% ao ano.
  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 recuou de R$ 4,09 para R$ 4,04 por dólar. Para o fechamento de 2021, continuou em R$ 4 por dólar.
  • Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2020 caiu de US$ 38,20 bilhões para US$ 37,31 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado recuou de US$ 35,60 bilhões para US$ 35 bilhões.
  • Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2020, permaneceu em US$ 80 bilhões. Para 2021, a estimativa dos analistas subiu de US$ 84,40 bilhões para US$ 84,75 bilhões.

Fonte: G1

Banco Mundial prevê avanço do PIB do Brasil de 2% neste ano e 2,5% em 2021

PIB 2020

Instituição piorou a estimativa para o desempenho da economia neste ano, mas melhorou a projeção para 2021.

O Banco Mundial atualizou nesta quarta-feira (8) as previsões de crescimento para a economia brasileira e mundial. Em 2020, a instituição estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve avançar 2%. Para 2021, a projeção é de alta de 2,5%.

A previsão para 2020 é menor do que a divulgada no último relatório publicado em junho. Mas a estimativa para o próximo ano melhorou. Na leitura passada, o Banco Mundial projetava crescimento de 2,5% em 2020 e 2,3% para 2021.

“No Brasil, a confiança mais forte dos investidores, juntamente com o afrouxamento gradual das condições de empréstimos e do mercado de trabalho, deverá sustentar uma aceleração do crescimento para 2%”, informou a instituição em relatório.

Para 2019, a instituição avalia que o PIB brasileiro deve ter crescido 1,1%, 0,4 ponto percentual mais baixo do que o apurado em junho.

As projeções do Banco Mundial estão próximas das observadas no relatório Focus, elaborado pelo Banco Central com base na projeção de analistas das instituições financeiras. Para 2019, a estimativa é de alta do PIB de 1,17%. Em 2020 e 2021, as projeções são de 2,3% e 2,5%, respectivamente.

Desempenho da economia mundial

O Banco Mundial ainda estima que a economia global deve crescer ligeiramente menos neste e no próximo ano em relação ao que era esperado no relatório de junho.

A previsão é que o PIB mundial avance 2,5% em 2020 e 2,6% em 2021. Em relação a junho, houve uma redução de 0,2 ponto percentual nas leituras para os dois anos.

Para 2019, o Banco Mundial estima que o PIB global tenha avançado 2,4%.

No relatório divulgado nesta quarta, a instituição alertou para riscos envolvendo a guerra comercial, uma desaceleração econômica mais forte do que o esperado nas economias avançadas e uma eventual turbulência financeira nos mercados emergentes. Todos esses risco podem piorar o desempenho da economia mundial.

“Predominam os riscos descendentes para as perspectivas globais que, caso se concretizem, poderiam desacelerar substancialmente o crescimento”, escreveu o Banco Mundial.

“Estes riscos incluem nova escalada das tensões comerciais e incerteza da política comercial, uma desaceleração mais forte do que o esperado nas principais economias e turbulência financeira nas economias de mercados emergentes e em desenvolvimento”, completou a instituição.

Fonte: G1

Governo usa verba de aposentadoria e pensões para pagar 13º do Bolsa Família

Guaribas - Bolsa Família

Parcela é garantida graças a pente-fino e demora na concessão de novos benefícios do INSS

Para conseguir pagar a 13ª parcela aos beneficiários do Bolsa Família, o governo teve de usar parte da verba que estava prevista para aposentadorias e pensões.

Em mais um capítulo dos problemas enfrentados sob comando de Jair Bolsonaro, o programa social precisou de dinheiro às pressas para evitar que famílias ficassem desamparadas. Foi necessário remanejar o Orçamento no fim de 2019 e, assim, retirar recursos de outras áreas.

Sem o aumento dos repasses ao programa, cerca de 1 milhão de famílias poderiam ficar fora da cobertura em dezembro, que incluiu também a 13ª parcela, promessa de Bolsonaro.

Até parte do dinheiro que estava reservada para a Previdência Social foi alvo do corte. O Ministério da Economia confirmou o remanejamento dos recursos.

O governo considerou que gastaria menos com benefícios previdenciários em 2019 por causa do combate a fraudes, mas também em razão do atraso do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para responder a pedidos de aposentadorias e pensões.

Essa demora vem prejudicando idosos que aguardam uma reposta do INSS. Com esse represamento na análise, houve uma folga no orçamento da Previdência.

Apesar do esforço do governo, a cobertura do Bolsa Família segue caindo na gestão Bolsonaro. Em dezembro, foi a menor do ano passado: 13,1 milhões de famílias atendidas.

A queda na cobertura tem sido provocada artificialmente. Como publicou a Folha, o governo passou a controlar a inclusão de beneficiários no programa, cujo objetivo é reduzir a desigualdade no país, por causa da falta de dinheiro.

Cerca de 700 mil famílias pediram o auxílio ao governo e aguardam na fila de espera.

O Bolsa Família atende pessoas que vivem em situação de extrema pobreza, com renda per capita de até R$ 89 mensais, e pobreza, com renda entre R$ 89,01 e R$ 178 por mês. O benefício médio é de R$ 191,08.

A operação montada no fim de 2019 é mais um exemplo da penúria em andamento com as transferências de renda para famílias em situação de pobreza e extrema pobreza.

Em novembro, a Folha mostrou que havia um buraco no orçamento do programa, o que poderia comprometer o benefício de parte das famílias já atendidas e que dependem dos repasses em dezembro.

A equipe de Bolsonaro se negou a dar explicações sobre como estavam realizando os pagamentos no mês passado.

Às vésperas do fim do calendário de pagamento, o Ministério da Economia fez um ajuste no Orçamento, elevando em quase R$ 500 milhões a verba para o Bolsa Família.

O dinheiro saiu, principalmente, da Previdência Social e de uma reserva orçamentária (recursos sem destinação específica).

Procurado, o Ministério da Economia informou que “o aumento da despesa com o Bolsa Família implicou a redução de outra despesa primária para a manutenção do equilíbrio do teto de gastos”.

O teto foi aprovado durante a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB) e cria um limite para o crescimento das despesas públicas. Então, se há uma ampliação no orçamento de uma área, é necessário tirar verba de outra.

O Ministério da Cidadania —que não quis se manifestar— pediu à equipe econômica que o orçamento do Bolsa Família fosse expandido para fechar as contas em 2019. Caso contrário, não haveria dinheiro para bancar parte dos benefícios de dezembro e o 13º.

Em 20 de dezembro, a Economia publicou uma portaria para fazer um remanejamento de recursos. Foram elevados os repasses para gastos com servidores ativos e inativos, além do orçamento do Bolsa Família.

Em contrapartida, foram cortadas as verbas para aposentadorias e pensões e também usada a reserva orçamentária.

Questionado sobre a razão da medida na Previdência, o governo cita documentos encaminhados ao Congresso que apontam um gasto menor do que o esperado em 2019. As explicações são o pente-fino nos benefícios do INSS e o atraso na concessão de aposentadorias.

Em dezembro, cerca de 1,3 milhão de pedidos ao INSS estavam sem resposta havia mais de 45 dias —prazo legal para análise. Esse estoque foi registrado durante todo o ano passado. No auge, chegou a 1,7 milhão.

Depois que a aposentadoria for concedida, o beneficiário recebe os valores retroativos e corrigidos pela inflação. Essa demanda reprimida, porém, transforma uma parte da despesa previdenciária em um gasto futuro.

Com o atraso no INSS e o combate a fraudes, foi feita uma reavaliação do que seria desembolsado. Isso não significa que quem já está aposentado deixou de receber o benefício, mas a medida possibilitou um orçamento menor para a Previdência em 2019, abrindo espaço para outros gastos, como o Bolsa Família.

Cumprindo promessa de campanha, Bolsonaro anunciou, em outubro, a criação de uma 13ª parcela para beneficiários do Bolsa Família. Na prática, isso serviu para tentar compensar a falta de reajuste pela inflação no valor transferia à população de baixa renda.

O presidente, então, elevou para R$ 32 bilhões o orçamento do programa em 2019. Mesmo com a fila de espera criada pelo governo, a verba não seria suficiente para cobrir as famílias já atendidas. Por isso, a despesa precisou ser elevada para R$ 32,5 bilhões no fim do ano.

Para 2020, a verba é ainda menor (R$ 29,5 bilhões). Nem o 13º ainda está previsto. E o governo terá as mesmas dificuldades: o teto de gastos.

O Orçamento federal deste ano está no limite permitido para despesas. O time de Bolsonaro estuda uma forma de reformular o Bolsa Família desde meados de 2019.

Para ampliar o programa, recursos de outra área terão de ser reduzidos. Mas o governo ainda não encontrou uma solução.

Enquanto isso, o Congresso já discute uma extensão de benefícios aos mais pobres. Relator da medida provisória que criou o 13º do Bolsa Família para 2019, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) quer tornar o benefício permanente.

O texto, que ainda precisa ser votado no Legislativo, pressionaria ainda mais o Orçamento. Além disso, o relator prevê que o valor repassado às famílias atendidas terá de ser corrigido pela inflação a partir de 2021.

Rodrigues também defende a criação de uma 13ª parcela para quem recebe o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos carentes e pessoas com deficiência. O valor do BPC é um salário mínimo (R$ 1.039).

O Congresso tem até o fim de março para aprovar a MP sobre o 13º do Bolsa Família.

Fonte: Folha de São Paulo

Preço do petróleo sobe após morte de Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária do Irã

Barril Brent

Preço aumentou cerca de 4%, uma hora depois da confirmação do bombardeio americano no aeroporto de Bagdá nesta quinta-feira (2).

O preço do petróleo aumento cerca de 4%, depois da morte de Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária do Irã nesta quinta-feira (2).

O valor do barril do tipo brent era de 68,90 dólares nas primeiras horas de funcionamento do mercado asiático nesta sexta-feira (3).

Os Estados Unidos confirmaram a autoria do bombardeio ao aeroporto de Bagdá, que matou Soleimani, Abu Mahdi al-Muhandis, chefe de milícia iraquiana apoiada pelos iranianos, e outras seis pessoas, segundo agências internacionais.

Por meio de nota, o Pentágono afirmou que o objetivo foi deter planos de futuros ataques iranianos e que a ordem partiu do presidente Donald Trump.

Soleimani era um alto líder das forças militares iranianas e um herói nacional, portanto os especialistas dizem que o impacto geopolítico do atentado será alto.

O colunista Guga Chacra, da GloboNews, afirma que Soleimani era um dos homens mais poderosos do Irã e que sua morte terá consequências geopolíticas gravíssimas.

Ele chefiava a Guarda Revolucionária, uma força paramilitar de elite que responde diretamente ao aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país há 30 anos.

O Irã tem a quarta maior reserva do petróleo no mundo.

Tensão no Iraque entre EUA e Irã

As mortes ocorrem em meio a uma escalada de tensão no Iraque que ameaça transformar o país em um campo de batalha entre forças apoiadas por Estados Unidos e Irã no Oriente Médio.

Desde o fim de outubro, militares e diplomatas americanos foram alvo de ataques, e na semana passada um funcionário dos EUA morreu em um bombardeio com foguetes.

A crise subiu de patamar na terça (31), quando milicianos iraquianos invadiram a embaixada americana em Bagdá. Trump acusou o Irã de estar por trás e prometeu retaliação.

A invasão da embaixada foi uma resposta a um ataque americano na fronteira com a Síria que matou 25 combatentes das Forças de Mobilização Popular do Iraque no domingo (29).

Uma hora após a divulgação da morte de Soleimani por agências de notícias, os preços do petróleo no mercado internacional já tinham aumentado 4%. O barril brent era vendido a US$ 68,90.

Fonte: G1

Fundo eleitoral fica em R$ 2 bilhões, decide relator do Orçamento

Fundo Eleitoral

Com o prazo para a votação do Orçamento de 2020 chegando ao fim, os líderes partidários dizem ter fechado um acordo sobre o valor do fundo eleitoral. E o que prevaleceu foi o desejo do governo, que pediu para o Congresso deixar o fundão em R$ 2 bilhões e não em R$ 3,8 bilhões, como desejava um grupo de 13 partidos políticos. O recuo no valor do montante que será destinado ao financiamento das campanhas municipais do próximo ano foi confirmado pelo relator do Orçamento, o deputado Domingos Neto (PSD-CE).

O recuo foi anunciado na noite dessa segunda-feira (16), depois que Domingos Neto se reuniu com sua equipe técnica e conversou com os líderes partidários para mostrar que o presidente Jair Bolsonaro poderia vetar um valor que fosse muito acima do esperado. Afinal, além de não ser desejado pelo governo, o aumento para R$ 3,8 bilhões foi criticado pela sociedade civil, já que tiraria dinheiro de áreas prioritárias, inclusive do Ministério da Saúde, para poder bancar as eleições do próximo ano. Acordou-se, então, que era melhor ficar com os R$ 2 bilhões inicialmente previstos – um valor que pode passar pelo crivo fo governo e da sociedade civil.

O valor constará no relatório final sobre o Orçamento de 2020, que será apresentado na manhã desta terça-feira (17) por Domingos Neto. O relatório ainda traz diretrizes orçamentárias como o valor do salário mínimo e o montante que o governo federal terá para investir no próximo ano – valores que, ao contrário do fundão, estão abaixo do que era esperado pela população.

Esse texto deve ser votado a partir das 11h na Comissão Mista de Orçamento e depois seguir para votação em plenário em uma sessão conjunta do Congresso que está prevista para começar por volta das 14h30, mas pode se estender até esta quarta-feira (18) por conta das discussões sobre os detalhes do Orçamento.

Fonte: Congresso em Foco

Tribunal de Justiça de PE paga férias vencidas e acumuladas e magistrados chegam a receber até R$ 1,2 milhão

Tribunal de Justiça de Pernambuco

Em lista publicada na área de transparência do site do tribunal, é possível observar valores pagos, em novembro, para juízes e desembargadores.

Juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) receberam, em novembro deste ano, rendimentos que chegam até a R$ 1,2 milhão. De acordo com o tribunal, esses valores foram atingidos por causa da autorização para o pagamento de indenizações por férias vencidas e acumuladas “no decorrer do tempo”

Na lista disponível na área de transparência do site do TJPE, é possível observar quanto foi repassado a cada magistrado ou servidor do tribunal em caráter de “vantagens eventuais”. De acordo com o tribunal, 428 juízes e desembargadores tiveram direito a receber essas indenizações.

Os valores de indenizações variam para cada caso, segundo o tribunal. O TJPE informou que alguns magistrados têm mais férias acumuladas do que os outros.

Segundo o Tribunal de Justiça, os pagamentos cumprem o artigo 7º da Resolução 422/2019 do TJPE, aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 11 de setembro de 2019.

O tribunal explicou que entre as”vantagens eventuais” aparecem vários itens relacionados a férias, como pagamento de um terço, gratificações e antecipações.

O maior valor foi pago para a juíza Marylusia Pereira de Araújo, que atua na 2ª Vara de Violência Contra a Mulher, no Recife. Em novembro, ela recebeu R$ 1.251.328,50 de “vantagens eventuais”. Os rendimentos brutos chegaram, no mesmo mês, a R$ 1.298.550,56.

O desembargador Fausto de Castro Campos recebeu R$ 714.137,96, em novembro, a título de “vantagens eventuais”. O total de rendimentos, no mesmo mês, chegou a R$ 763.789,18.

O juiz da 4ª Vara do Tribunal do Júri do Recife, Abner Apolinário da Silva, recebeu R$ 361.596,45 de “vantagens eventuais”, em novembro. O total de rendimentos do magistrado ficou, no mesmo mês, em R$ 405.449,60.

O presidente do TJPE, desembargador, Adalberto de Oliveira Melo, recebeu como “vantagens eventuais” R$ 325.956,89, em novembro. O total de rendimentos, no mesmo mês, foi de R$ 388.019,89.

O G1 tentou contato com os magistrados, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Explicações

Por meio de nota, o TJPE explicou como ocorre o acúmulo de “vantagens eventuais”. Segundo do tribunal, as “férias eventualmente acumuladas poderão ser indenizadas mediante requerimento do interessado, respeitada a disponibilidade orçamentária”.

Também por meio de nota, o tribunal informou que a “maioria dos magistrados privava-se do direito de gozar férias regulares para não deixar a prestação jurisdicional acumular”.

De acordo com o TJPE, isso acontece com “boa parte dos magistrados em funções de assessoria especial, corregedoria auxiliar, designações na Justiça Eleitoral, entre outros”.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco informou, ainda, que magistrados “chegam a passar mais de dois anos sem tirar férias”.

O TJPE usou como exemplo o caso da Justiça Eleitoral, já que a Resolução 879, de 9 de julho de 1946, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determina a suspensão das férias dos magistrados durante o período eleitoral que vai de julho até dezembro de cada ano em que ocorrem eleições.

Ainda de acordo com o TJPE, “a maioria dos magistrados acumula mais de dois períodos de férias não gozadas, chegando, em alguns casos, essa acumulação a dez ou 12 períodos de férias, a depender das funções que exerçam perante o Tribunal”.

Diante disso, afirmou o tribunal, o Supremo Tribunal Federal (STF), “reconhecendo que esse é um problema nacional”, permitiu a indenização das férias não gozadas pelos magistrados.

O tribunal afirmou também que não houve prejuízo para o Judiciário. Na nota, o TJPE informou que “existindo orçamento no final do exercício de 2019, suficiente para a indenização das férias acumuladas e não gozadas, autorizou o pagamento, vez que não há prejuízo para os cofres públicos, bem como para a próxima gestão, por se tratar de verba indenizatória e reconhecida como direito constitucional de qualquer trabalhador”.

Por fim, o tribunal afirmou que “está obrigado a cumprir a lei e todos os atos praticados são vinculadas à Legislação e às determinações do [Conselho Nacional de Justiça] CNJ,”.

O tribunal justificou que “o acúmulo de férias não gozadas por mais de dois períodos acarreta dano ao servidor e faz surgir o consequente direito à reparação, sob pena de enriquecimento sem causa por parte da administração pública”.

Casos

O tribunal informou, por meio de nota, que a juíza Marylusia Araújo estava com salários atrasados por causa de um mandado de segurança determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O TJPE explicou que foi condenado a indenizar a magistrada por todo período em que a ela deixou de receber sua remuneração por conta de exclusão. “Com a reintegração da Juíza aos quadros do tribunal, foi determinado o pagamento de todo o período em que a mesma ficou afastada, em duas vezes”, afirmou a nota.

O TJPE informou que o desembargador Fausto Campos estava com 20 férias acumuladas. O presidente do tribunal, desembargador Adalberto Melo, tinha sete férias vencidas e o juiz Abner Apolinário, 11.

Fonte: G1