BNDES aprova R$ 12 bi em suspensão de pagamentos de empréstimos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que alcançou R$ 12 bilhões na aprovação de suspensões temporárias de pagamentos de parcelas de empréstimos contratados com a instituição. A medida, conhecida no mercado como standstill, está sendo concedida pelo prazo de até seis meses a mais de 28,5 mil empresas, em cerca de 77,7 mil contratos de financiamento, nas modalidades direta e indireta. Estima-se que os clientes beneficiados com a medida empreguem mais de 2,5 milhões de pessoas.

“Nas operações diretas e indiretas não automáticas, para as quais o BNDES encerrou o protocolo de pedidos de standstill em 30 de junho, o setor mais beneficiado com a suspensão de pagamentos foi o de infraestrutura, com R$ 6,9 bilhões, seguido pela indústria, com R$ 1,2 bilhão”, diz a nota do banco de fomento.

A Região Sudeste recebeu 39,9% do benefício a empresas que contrataram diretamente com o banco, enquanto o Norte foi o mais beneficiado nos contratos indiretos não automáticos, com 61,3% dos valores de standstill aprovados para esta modalidade nessa região.

O BNDES informou que ainda está recebendo solicitações de suspensão de pagamentos na modalidade indireta automática. As solicitações devem ser encaminhadas ao agente financeiro que concedeu o financiamento.

Combate à crise

O banco afirmou que mais de R$ 22 bilhões já foram liberados em ações emergenciais de combate aos efeitos da pandemia de covid-19. Entre os resultados das medidas adotadas estão os R$ 5,6 bilhões aprovados para empréstimos a mais de 16 mil micro, pequenas e médias empresas na linha de capital de giro e os R$ 4,6 bilhões aprovados para crédito a folhas de pagamento, pelos quais estima-se que quase 2 milhões de empregados tenham sido beneficiados.

Mais informações sobre os resultados das medidas emergenciais adotadas pelo BNDES podem ser acessadas no site da instituição para acompanhamento de medidas contra a covid-19.

Foto: ilustração

Com início da TLP, desembolsos do BNDES caem 18% em janeiro

BNDES
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Os financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) caíram em janeiro, quando entrou em vigor a Taxa de Longo Prazo (TLP), que se referencia em preços de mercado na concessão de empréstimos.

O banco de fomento anunciou nesta terça-feira que o volume desembolsado em empréstimos no mês passado somou 3,9 bilhões de reais, uma queda de 18 por cento ante mesma etapa de 2017.

A partir de janeiro, todo novo pedido de crédito no banco passou a ser referenciado na TLP, que substituiu a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), com juros subsidiados.

O recuo foi puxado sobretudo pelo setor industrial, para o qual os desembolsos do banco foram 53 por cento menores em janeiro na comparação com um ano antes.

Nos últimos 12 meses, as concessões feitas pelo BNDES totalizaram 69,9 bilhões de reais, um declínio de 20 por cento.

E os indicadores antecedentes da instituição sinalizaram que uma aceleração dos empréstimos não está perto de acontecer. No comparativo ano a ano, o volume de consultas caiu 26 por cento, enquanto o de enquadramento teve baixa de 30 por cento. As aprovações, etapa imediatamente anterior à da concessão efetiva dos recursos, ficou praticamente estável.

Os números chegam após o BNDES ter tido em 2017 o quarto ano consecutivo de queda na concessão de empréstimos, a 70,75 bilhões de reais, menor nível em uma década.

BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é uma empresa pública federal, com sede e foro em Brasília, Distrito Federal, e escritório no Rio de Janeiro, e cujo principal objetivo é financiar de longo prazo a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, de âmbito social, regional e ambiental. É uma entidade componente da administração pública indireta e atualmente vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, tendo como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do Brasil. Desta ação resultam a melhoria da competitividade da economia brasileira e a elevação da qualidade de vida da sua população.

Fonte: Reuters