Camara-e.net altera estatuto social para se modernizar

A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) quer se modernizar. Para isso, acaba de aprovar mudanças em seu estatuto social que possibilitarão à entidade ser mais dinâmica em suas iniciativas e projetos para o desenvolvimento da Economia Digital.

Com as mudanças, pequenas e médias empresas do e-commerce poderão associar-se à entidade e ter acesso a treinamentos e plataformas que as ajudem a desenvolver novos negócios e a resolver conflitos jurídicos. “A Câmara precisava se reinventar para acompanhar o dinamismo do mercado onde atua”, diz LeonardoPalhares, sócio do Almeida Advogados e presidente da camara-e.net.

Durante 15 anos, a entidade exerceu papel catequizador, focando parte de suas iniciativas no estímulo a novos empreendedores. Agora pretende apoiar os negócios que foram para frente após o processo de capacitação inicial proporcionado pelo Ciclo MPE. “Nós fomos e continuaremos sendo um colegiado de líderes, mas também vamos atender aos interesses das PMEs”, conclui Palhares.

Esta é a primeira mudança significativa nas regras que regem a entidade desde a sua criação, em 2001.

Cade decide se vai ser Cade ou serve uma pizza em forno a gás

Hoje, o Cade vai dizer se é dia de pizza ou se honrará as suas melhores tradições. A dicotomia diz respeito ao processo movido pela Âmbar Energia, leia-se J&F Investimentos, contra a Petrobras pela suspensão do fornecimento de gás para a Termelétrica de Cuiabá, controlada pela empresa. Há uma divisão entre conselheiros e a própria presidência do órgão antitruste em relação ao caso. Segundo o RR apurou, a conselheira Cristiane Junqueira Schmidt demonstrou a disposição de avocar o processo na reunião ordinária marcada para hoje – prazo final para o pedido. Na prática, a medida significaria a volta da ação ao Conselho para o julgamento do mérito – o inquérito administrativo foi arquivado pela Superintendência-Geral da autarquia em 29 de março Continue lendo “Cade decide se vai ser Cade ou serve uma pizza em forno a gás”

9º ENASERV debate oportunidades e gargalos para a exportação de serviços no país

4Guerra comercial, custos tributários, financiamento de exportações e transformação digital foram temas da pauta de discussões

A guerra comercial entre Estados Unidos e China trará impactos negativos para o Brasil, declarou o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, durante a abertura do 9º Encontro Nacional de Comércio Exterior de Serviços (ENASERV), realizado ontem, 10 de abril, em São Paulo. “As exportações brasileiras estão centradas em commodities, atingidas diretamente pelas desavenças entre as duas potências mundiais”, afirmou Castro. Para ele, o Brasil precisa aumentar a exportação de serviços, que tem maior valor agregado, e responde hoje por 73% do PIB brasileiro, embora apenas 25% desse total seja resultado da exportação. “É necessário que o país faça reformas estruturais para que não esteja fadado a ser apenas um país exportador de commodities”, sentenciou Castro.

A diretora de Negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Marcia Nejaim Galvão de Almeida, disse que as exportações globais de serviços movimentam US$ 4,8 trilhões, mas o Brasil, mesmo o sendo o principal exportador da América Latina, ainda contribui muito pouco para esse montante. Ela destacou, no entanto, que o país vem se destacando na exportação de serviços de vários segmentos, como games, arquitetura, cultura e conteúdo audiovisual. Como exemplo, citou a série 3%, veiculada pela Netflix, que foi a série de língua não inglesa de maior audiência da plataforma de video on demand.

A atração de investimentos nessas áreas de destaque, citadas pela representante a Apex Brasil, é um grande desafio para os exportadores de serviços, mas que pode ser superado, segundo o superintendente da Área de Comércio Exterior e Fundos Garantidores do BNDES, Leonardo Pereira Rodrigues dos Santos. Ele afirmou que a instituição está desenvolvendo um projeto de financiamento para pequenas e médias empresas exportadoras de serviços com o objetivo de alavancar o setor.

O vice-presidente da Fecomércio, Rubens Medrano, ressaltou que oportunidades de financiamento são necessárias, mas não bastam para o desenvolvimento de empresas exportadoras de serviços. Ele lembrou da importância do investimento em pesquisa e desenvolvimento para que a presença do Brasil seja marcante no comércio internacional, tornando possível a criação de serviços de alto valor agregado.

Para a secretária executiva do Ministério da Indústria e Comércio, Yanna Dumaresq Sobral, o setor de serviços é fundamental para dinamizar a economia brasileira. “Ele é responsável por 67% das vagas formais de trabalho e contribui para a competitividade nos demais setores da economia”, destacou, lembrando da importância dos serviços na indústria 4.0 e na manufatura avançada. “Os serviços agregados, altamente tecnológicos, podem proporcionar um salto de produtividade e de competitividade que revolucionará a economia”, disse Yanna. “Novos modelos de negócios vão surgir para fazer frente a essa nova realidade, tornando o setor muito mais dinâmico”. A secretária executiva do MDIC alertou que o Brasil tem que abrir mais a economia. “O Brasil precisa se integrar ao resto do mundo, ampliar sua participação em cadeias globais de valor, na qual o setor de serviços tem um papel protagonista”, observou.

“Há muitas oportunidades na área de tecnologia, telecom e inovação”, afirmou André Echeverria, diretor de Inovação e Transformação Digital da Brasscom. “A exportação de serviços nesses segmentos saltou de R$ 0,9 bi (2011) para R$ 7 bi (2017) e o Brasil vem se consolidando como um dos principais mercados de TI”, disse ele. “Mas é preciso mais investimentos, pois isso tem impacto direto na competitividade do país”, completou.

Carlos Lira, da Embraer, afirmou que o investimento em pesquisa e desenvolvimento promove resultados práticos. Ele conta que a empresa tem mais de 5 mil funcionários em P&D, com o objetivo de aumentar a competitividade da empresa na fabricação e manutenção de aeronaves no país e no exterior. “Hoje estamos presentes nos EUA, na Europa, na Ásia e no Brasil”, disse ele. E completou: “Só conseguimos esse resultado aplicando e desenvolvendo serviços de tecnologia.”

Fernando Saraiva, da IHM Stefanini, falou sobre como as tecnologias disruptivas podem transformar o negócio de grandes empresas. Ele citou como exemplo dispensers de papel toalha e papel higiênico que utilizam conectividade IoT para monitorar o consumo dos suprimentos e para disparar pedidos de compra e reposição quando necessário. “A indústria 4.0 já está aí, tem um crescimento exponencial, e o Brasil tem muita gente boa fazendo coisa boa, em um ambiente com capacidade tecnológica sem igual. Nós nos habituamos a criar no caos, e as soluções que saem disso são inacreditáveis”, avaliou.

Paulo Brechbühler, da Brechbühler Consultoria, observou que o Brasil está entre os 14 países que podem competir no mercado de exportação de serviços de engenharia, mas que está em uma espécie de hiato depois dos escândalos envolvendo as grandes construtoras. Ele mostrou ainda a cadeia produtiva de um projeto de engenharia no exterior. “Precisamos colocar mais empresas para exportar se ainda quisermos estar entre os principais exportadores e voltar a gerar empregos”. Estados Unidos, Canadá, América Latina e Caribe, África e Oriente Médio estão entre os principais destinos das exportações brasileiras de serviços de engenharia.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Com início da TLP, desembolsos do BNDES caem 18% em janeiro

BNDES
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Os financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) caíram em janeiro, quando entrou em vigor a Taxa de Longo Prazo (TLP), que se referencia em preços de mercado na concessão de empréstimos.

O banco de fomento anunciou nesta terça-feira que o volume desembolsado em empréstimos no mês passado somou 3,9 bilhões de reais, uma queda de 18 por cento ante mesma etapa de 2017.

A partir de janeiro, todo novo pedido de crédito no banco passou a ser referenciado na TLP, que substituiu a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), com juros subsidiados.

O recuo foi puxado sobretudo pelo setor industrial, para o qual os desembolsos do banco foram 53 por cento menores em janeiro na comparação com um ano antes.

Nos últimos 12 meses, as concessões feitas pelo BNDES totalizaram 69,9 bilhões de reais, um declínio de 20 por cento.

E os indicadores antecedentes da instituição sinalizaram que uma aceleração dos empréstimos não está perto de acontecer. No comparativo ano a ano, o volume de consultas caiu 26 por cento, enquanto o de enquadramento teve baixa de 30 por cento. As aprovações, etapa imediatamente anterior à da concessão efetiva dos recursos, ficou praticamente estável.

Os números chegam após o BNDES ter tido em 2017 o quarto ano consecutivo de queda na concessão de empréstimos, a 70,75 bilhões de reais, menor nível em uma década.

BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é uma empresa pública federal, com sede e foro em Brasília, Distrito Federal, e escritório no Rio de Janeiro, e cujo principal objetivo é financiar de longo prazo a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, de âmbito social, regional e ambiental. É uma entidade componente da administração pública indireta e atualmente vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, tendo como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do Brasil. Desta ação resultam a melhoria da competitividade da economia brasileira e a elevação da qualidade de vida da sua população.

Fonte: Reuters

Conselho da Oi discutirá nesta quarta-feira novos termos para plano de recuperação

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Segundo fontes próximas do assunto, a nova versão em análise representa uma flexibilização das propostas defendidas inicialmente pelo acionista mais influente da Oi, Nelson Tanure, após enfrentar resistência da diretoria, do agente regulador e de credores.

 

A maior novidade do novo plano, se aprovado pelo conselho, será a possibilidade de entregar até 65% das ações da Oi para os credores que possuem títulos internacionais emitidos pela companhia (bondholders). Esse porcentual será alcançado se forem cumpridos os mecanismos previstos no novo plano para aporte de recursos e conversão de dívidas. Nas propostas anteriores, esse patamar não passava de 25%.

 

De acordo com os novos termos, a capitalização pode totalizar R$ 11 bilhões, sendo R$ 3 bilhões pela conversão das dívidas em ações e R$ 8 bilhões pela injeção de novos recursos.

 

Nesse caso, o aporte dos bondholders subirá de R$ 3,5 bilhões previstos na versão anterior para até R$ 5,5 bilhões na nova versão. Já o desembolso dos acionistas seguirá em R$ 2,5 bilhões, como já sugerido antes.

 

Além disso, a capitalização será automática após a aprovação do plano em assembleia e não dependerá de chamamento por parte do conselho de administração.

 

“O valor de aporte dos bondholders subiu porque foi percebido que existe demanda de mercado. Os investidores enxergam grande potencial na Oi”, comentou uma fonte. Segundo ele, as sinalizações de interesse teriam partido de fundos relevantes, como Aurelius, Golden Tree, além daqueles que compõem o G6, grupo que já mantinha conversas próximas com representantes de Tanure.

 

Outra novidade é que aquele credor que assinar o termo de compromisso (PSA, na sigla em inglês) para aprovar o plano de recuperação da Oi na assembleia e participar da injeção de recursos só receberá o pagamento da comissão quando a capitalização for efetivada. A companhia ainda terá o direito de optar pelo pagamento em dinheiro ou em ações.

 

A versão anterior do plano previa pagamento antecipado das comissões, em dinheiro, fato que enfrentou grande resistência da diretoria da Oi. A preocupação dos executivos é que o caixa da companhia ficaria desfalcado, inviabilizando investimentos. “É uma evolução. Essa proposta tem parte das coisas que a diretoria já falava, como o pagamento de fees só junto com o aumento de capital”, apontou outra fonte.

 

O valor das comissões é de 8% da capitalização dos bondholders de R$ 3,5 bilhões a R$ 5,5 bilhões. Portanto, devem ficar em torno de R$ 280 milhões a R$ 440 milhões.

 

Para que seja apreciado na assembleia geral de credores marcada para 7 de dezembro, o novo plano deve ser protocolado até 27 de novembro, conforme determinação judicial. Portanto, a reunião do conselho será decisiva para o andamento das negociações, que até aqui não encontraram consenso.

 

Fonte: O Estado de S. Paulo

Bitcoin se valoriza, mas requer cautela

Na sexta-feira, um único bitcoin, a moeda digital mais famosa do mundo, ultrapassou o valor de US$ 6 mil (ou cerca de R$ 19 mil), valorização de 137% desde o primeiro dia de outubro. Esse desempenho, apesar de impressionante, não é novidade para o ativo, que sobe sem parar há cerca de 1 ano e meio (veja gráfico ao lado). Não é por acaso que a “criptomoeda” tem chamado tanto a atenção dos investidores. Mas, afinal, vale a pena colocar dinheiro em bitcoin? Continue lendo “Bitcoin se valoriza, mas requer cautela”

Embaixadores discutem perspectiva de acordo Mercosul e União Europeia

1200px-Flag_of_Mercosur_(Portuguese).svgDiscutido há mais de 20 anos, as negociações para um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia estiveram em debate no Encontro Nacional do Comércio Exterior (Enaex), promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Ronaldo Costa Filho, diretor do departamento de Negociações Extrarregionais do Ministério das Relações Exteriores (MRE), ressaltou que o grande desafio para finalização do acordo está no alinhamento de interesses relativos ao comércio agrícola entre os blocos. Continue lendo “Embaixadores discutem perspectiva de acordo Mercosul e União Europeia”

Taxa de juros ao consumidor tem sétima queda consecutiva, aponta a Anefac

A Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) informou nesta segunda-feira (10) que os juros das operações de crédito tiveram redução no mês de junho.  Segundo a associação, essa é a sétima queda consecutiva dos juros e o resultado pode ser atribuído à expectativa de que a taxa Selic tenha outros cortes ao longo deste ano. Continue lendo “Taxa de juros ao consumidor tem sétima queda consecutiva, aponta a Anefac”

E-commerce fechará ano com crescimento de dois dígitos

3A recuperação da economia vai ser mais lenta do que o esperado, segundo especialistas. Em 2016, o PIB teve retração de 3,6%, e a previsão para 2017 é de menos de 1%. Mas há um setor que, apesar desse cenário pouco animador, continua dando mostras de que tem fôlego de maratonista. O comércio eletrônico registrou crescimento nominal de 7,4% em 2016, mas quando se leva em conta o PIB desse ano, o percentual sobe para 11%. No acumulado dos últimos cinco anos, o setor cresceu 156%. A expectativa para 2017 é ainda melhor. De acordo com Gerson Rolim, diretor de comunicação da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) e consultor do comitê de varejo online da entidade, o setor deve fechar o ano com alta de 12% a 13%, mesmo diante da perspectiva de PIB negativo. E isso é muito. Continue lendo “E-commerce fechará ano com crescimento de dois dígitos”

Como esta costureira criou uma rede de escolas de R$ 72 milhões

Muitos pensam que, para criar um negócio de sucesso, é preciso ter estudado nas melhores escolas ou ter trabalhado em empresas revolucionárias. Porém, começar com atividades simples pode trazer ensinamentos tão valiosos quanto para sua trajetória empreendedora. Continue lendo “Como esta costureira criou uma rede de escolas de R$ 72 milhões”

Contas externas têm menor déficit para fevereiro em 8 anos, diz Banco Central

O déficit em transações correntes somou US$ 935 milhões em fevereiro, informou o Banco Central nesta sexta-feira (24). Esse rombo é 51% menor que o registrado no mesmo período de 2016, quando totalizou US$ 1,91 bilhão.

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