Nem mesmo a atuação do minoritário Renzo Bernardi, um arquiteto e paisagista que investiu R$ 100 mil para amealhar 1% da HRT, vai atrapalhar os planos do empresário Nelson Tanure (foto). Nesta quarta-feira, a companhia terá um novo conselho de administração e um orçamento muito apertado.
Para fortalecer a posição de Tanure, o conselheiro fiscal Edmundo Falcão Koblitz, que foi suspenso do cargo em meio à disputa pelo controle da petroleira, teve liminar cassada para o seu pedido de reintegração.
Koblitz era aliado de conselheiros de administração afastados em razão de supostos conflitos de interesse com a companhia. Registre-se que a nova HRT, cujo chairman será o ex-ministro Helio Costa, terá como meta ser uma empresa de exploração e produção em campos maduros. Na Bacia de Solimões (AM), a empresa terá como sócia majoritária a russa Rosneft, a maior petrolífera do mundo e na Namíbia a HRT busca sócios para os seus dez blocos.
De acordo com um analista do Banco Itaú, que preferiu não se identificar, a HRT surge como uma grande aposta entre as empresas com ações na bolsa de valores, tendo em vista a perspectiva de uma gestão rigorosa. É uma das grandes pechinchas da BMF&Bovespa. Sabe-se que até mesmo a sede, situada em um dos prédios mais luxuosos da orla do Rio de Janeiro, mudará em breve de local. A meta de Tanure, empresário que lidera no Brasil o competitivo segmento de startups, é cortar mais de 30% dos atuais custos e dobrar o faturamento da HRT em doze meses. Procurada, a HRT não fez comentários.
Paulo Roberto Cunha