A empresária paulista Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues (foto), presidente do Magazine Luiza, mostrou como se faz uma cadeia de varejo bem sucedida na entrevista que deu, em janeiro último, ao programa Manhattan Connection, da Globo News. Sua fórmula de sucesso, calcada em dois pilares básicos, simplicidade e otimismo, pode ser prosaica, mas vem dando certo.
Crise? O otimismo de Poliana da empresária faz parte do jogo que a tornou vitoriosa. De 2007 a 2010 o Magazine Luiza dobrou de tamanho. Depois de fechar no prejuízo em 2012, a rede varejista registrou lucro líquido de R$ 33 milhões no quarto trimestre de 2013, forte expansão de 239,6% na comparação com os R$ 9,7 milhões de um ano antes. Em 12 meses, o lucro da empresa ficou em R$ 113,8 milhões, saindo de um prejuízo de R$ 6,7 milhões em 2012.
Com seu sotaque meio caipira do interior paulista, Luiza, para contrapor na entrevista o pessimismo e arrogância de seus entrevistadores fundamentou seu otimismo com dados do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), que dá conta de que o comércio varejista brasileiro cresceu 5,9% em 2013 e só as redes de lojas vinculadas a esse instituto geraram 631 mil empregos. Ora, argumentou, o atual modelo de desenvolvimento brasileiro, hoje baseado no consumo de massas, não pode estar esgotado em um país em que apenas 7% ou 8% do povo têm televisão de tela plana, em que apenas 54% têm máquina de lavar.
É mercado de sobra para o Magazine Luiza e seus concorrentes no varejo. Menos para os pessimistas.
Por: Redação