A chinesa JAC estreou em 2011 de forma surpreendente no país: chegou a ter 1% de participação e Fausto Silva como garoto-propaganda. No ano seguinte, sofreu um baque com as restrições às importações. Resultado: a marca, que já registrou pico de quase 3.000 emplacamentos por mês, agora não vende sequer a metade disso.
A retração no segmento de carros de passeio (-3%) e a maior procura pelos comerciais leves (+3,6%) fizeram a JAC repensar sua estratégia.
O sexto produto da importadora a desembarcar no país é uma van para o transporte comercial de passageiros.
O público-alvo da recém-lançada T8 vai desde locadoras de veículos, passando por hotéis, até empresas de turismo ou de transfer executivo.
São setores mais preocupados com o custo-benefício do que propriamente com o status que o veículo chinês de R$ 114.990 proporciona.
Em relação a vans de preço similar, como a Fiat Ducato (R$ 111 mil) e a Mercedes Sprinter (R$ 116 mil) -ambas a diesel e com até 15 lugares-, a JAC diferencia-se por ser movida a gasolina e ter dimensões bem mais compactas. Contudo, oferece apenas sete assentos.
A contrapartida está no nível de sofisticação. Os ocupantes viajam mais confortáveis na T8, principalmente os dois da fileira central, que têm saídas de ar-condicionado independentes e poltronas inclináveis e giratórias. Mas, só é possível afivelar o cinto de segurança nesses bancos caso eles estejam na posição original.
AO VOLANTE
Com porta-malas de 1.310 litros, a van da JAC pode ser uma opção para viagens em família, pois não exige carteira de habilitação especial.
Isso se o motorista não se importar com o alto ruído do motor 2.0 turbo (175 cv), que mostrou certa “preguiça” em ultrapassagens na estrada durante um teste rodoviário entre a capital paulista e Itu (a 101 km de São Paulo).
As relações curtas do câmbio manual de seis marchas também incomodam, por exigirem trocas constantes.
A JAC quer aproveitar a Copa do Mundo, em junho, para emplacar 600 T8 até lá.
Fonte: UOL