Ata do Copom sinaliza novo corte na Selic em dezembro, mas reforça cautela sobre próximos passos

A partir de 2020, os membros do Copom reforçaram que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela em eventuais novos ajustes no grau de estímulo

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) estima que a economia deve ter apresentado crescimento no terceiro trimestre e pode acelerar nos períodos seguintes.

É o que diz a ata da última reunião do Copom, divulgada hoje (5), em Brasília. No último dia 30, o comitê reduziu a taxa básica de juros, a Selic, para 5% ao ano, com corte de 0,5 ponto percentual.

Para o Copom, o ritmo de crescimento da economia, excluídos efeitos de estímulos temporários, será gradual. “O comitê estima que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter apresentado crescimento no terceiro trimestre. Os trimestres seguintes devem apresentar alguma aceleração, que deve ser reforçada pelos estímulos decorrentes da liberação de recursos do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço] e PIS-Pasep [Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público] – com impacto mais concentrado no último trimestre de 2019”, explicou a ata.

O resultado do PIB do terceiro trimestre será divulgado no dia 3 de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Reformas

Na ata, o Copom destacou a “relevância da aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso Nacional”, mas reforçou a “importância da continuidade do processo de reformas e ajustes que gerem sustentabilidade da trajetória fiscal”.

“Ao reduzirem incertezas fundamentais sobre a economia brasileira, essas reformas tendem a trabalhar no mesmo sentido da política monetária e,
portanto, estimular o investimento privado. Esse potencial efeito expansionista deve contrabalançar impactos de ajustes fiscais correntes sobre a atividade econômica, além de mitigar [suavizar]os riscos de episódios de forte elevação de prêmios de risco [retorno adicional cobrado por investidores para aceitar correr maior grau de risco]”, disse.

“O Copom reiterou o entendimento de que uma aceleração do ritmo de retomada da economia para patamares mais robustos também dependerá de outras iniciativas e reformas microeconômicas que visam ao aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios”, acrescentou.

Inflação

Para o Copom, as projeções de inflação estão em “níveis confortáveis”. “As estimativas e projeções de curto prazo indicam que a inflação acumulada em 12 meses ainda deve ter recuado em outubro, para níveis ao redor das mínimas observadas durante o regime de metas para a inflação, voltando a se elevar ao longo dos últimos meses do ano”, projetou o Copom.

Essa trajetória de curto prazo, acrescentou, reflete uma inflação abaixo do esperado pelo Copom em setembro e revisão, também para baixo, da projeção referente ao mês de outubro.

“Para o último bimestre deste ano, foram revistas as projeções de alguns preços administrados, que, por sua vez, compensaram aquelas surpresas desinflacionárias, mantendo a projeção de inflação estável em relação à da reunião anterior”, afirmou o Copom.

Próximos passos

Na ata, o comitê sinalizou que deve voltar a cortar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual em dezembro. “O Copom debateu, então, a conveniência de oferecer alguma perspectiva sobre possíveis cenários para a política monetária. Decidiu comunicar sua avaliação de que a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir um ajuste adicional, de igual magnitude, no grau de estímulo monetário”, afirmou a ata.

Sobre novos ajustes, a partir de 2020, “os membros do Copom decidiram reforçar que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela em eventuais novos ajustes no grau de estímulo.

“O Copom julgou ser fundamental reiterar que a comunicação dessa avaliação não restringe suas próximas decisões e enfatizar que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, finalizou.

Fonte: InfoMoney

Caixa reduz juros para compra da casa própria


Condições anunciadas passam a valer a partir de segunda-feira. Taxa mínima é de 7,5% ao ano.

Quem pensa em fazer financiamento imobiliário vai encontrar boas condições para fechar contrato e concretizar o sonha da casa própria. Além de condições especiais de pagamentos em feirão de imóveis que acontecerá no fi m do mês, os interessados vão poder aproveitar a redução das taxas de juros anunciada ontem pela Caixa Econômica Federal. O banco baixará, a partir de segunda-feira, em um ponto percentual a taxa efetiva mínima que caiu para 7,5% ao ano mais TR, que está zerada. Outros grandes bancos também estão com juros reduzidos para a modalidade, seguindo a tendência da queda da taxa básica (Selic) para 5,5% ao ano.

O DIA fez um levantamento das taxas para que o cliente possa fechar o contrato com os menores juros possíveis. Bruno Teodoro, gerente comercial da CAC Engenharia, exemplifica que a medida da caixa vai permitir ao cliente que compraria imóvel no valor de R$ 200 mil, com pagamento de R$ 1,5 mil por mês, um financiamento maior. A Caixa informou que a taxa máxima é de 9,50% ao ano mais TR.

“Com a mesma quantidade de parcelas, valor e condições iguais ao contrato anterior, agora esse cliente vai poder comprar um imóvel que custa R$ 240 mil”, explica. “A medida é muito positiva porque acaba impulsionando o setor. O cliente tem a chance de comparar as ofertas e de decidir pela opção mais viável economicamente”, afi rma Sanderson Fernandes, diretor da Avanço Realizações Imobiliárias.

Os interessados poderão simular os fi nanciamentos no site da Caixa em www.caixa.gov.br/, na aba Produtos e depois Empréstimo e Financiamento. Lá, também é possível comparar os juros e as condições para obtenção do crédito.

“Para fazer um bom negócio, o cliente deve comparar o que vai determinar um valor maior ou menor das prestações, o que não é restrito aos juros. O seguro, o prazo, a idade do proponente, e muitos outros fatores devem ser analisados antes de fechar o contrato”, orienta Bruno Teodoro. “Além disso, é preciso ver se a parcela cabe no orçamento, levando em consideração todas as despesas mensais.”

COMPARAÇÕES ENTRE BANCOS

A taxa efetiva mínima pela Caixa será de 7,5% ao ano maisT a TR, que está zerada. Já o Bradesco reduziu, no final de setembro, as taxas mínimas de sua linha de crédito mobiliário para a partir de 7,3% ao ano mais a TR. No Banco do Brasil, os juros caíram no dia 30 de setembro para um patamar a partir de 7,4% ao ano mais TR. As condições do Itaú são de 7,45% ao ano mais TR desde o início do mês. O Banco Inter anunciou que reduziu ontem a taxa para 7,7% ao ano mais TR. No Santander, desde julho, os juros são de 7,99% ao ano, além da TR.

Feirão para a compra de imóveis

Para adquirir a casa própria e ainda conseguir uma negociação mais atraente, os interessados poderão recorrer ao Salão de Imóveis da Caixa, a ser realizado do dia 25 a 27 de outubro, no Espaço de Convenções do Shopping Nova América. O evento vai reunir mais de três mil unidades à venda em todo o estado com preços a partir de R$144 mil.

O Salão de Imóveis também vai ofertar unidades retomadas pela Caixa. De acordo com Patricia Curvelo, diretora da Investmais, será possível financiar o imóvel em até 420 meses e em algumas unidades ainda usar o FGTS. “O imóvel é entregue desocupado e com toda a documentação regularizada”, explica Patricia.

A construtora Riviera estará no Salão de Imóveis com o Central Park Riviera, bairro planejado em Duque de Caxias com lazer completo e segurança. Durante o evento, quem fechar negócio pagando à vista terá 20% de desconto. Os imóveis têm preços de R$ 144 mil.

Já a construtora Riooito levará dois empreendimentos na Região Serrana: o Cenário da Montanha, em construção em Itaipava, com unidades a partir de R$ 215 mil, e o lançamento Cenário dos Pássaros, em Teresópolis, com imóveis de R$ 180 mil.

A CAC Engenharia vai ofertar unidades com preços a partir de R$125.900 mil, localizadas em Nova Iguaçu, Mesquita, Belford Roxo e São Gonçalo. Já a Direcional Engenharia estará com custo mínimo de R$128 mil, em Jacarepaguá, Guaratiba, Santa Cruz, entre outros.

Pagamento do FGTS para trabalhadores
Os trabalhadores da iniciativa privada que têm conta poupança ou corrente na Caixa e nascidos em setembro, outubro, novembro ou dezembro, recebem hoje o recurso do FGTS. O pagamento é do saque imediato, que permite a retirada integral de até R$500 por cada conta (ativa ou inativa).

Nesse mês, os próximos a sacarem serão os não clientes do banco nascidos em janeiro, no dia 18. Já para os de aniversário em fevereiro, o pagamento será dia 25.

A Caixa Econômica informou que já pagou mais de R$10 bilhões do FGTS para 24,3 milhões de clientes.

Fonte: O Dia