Preço do petróleo atinge nível mais alto desde 13 de abril, com procura a mostrar sinais de recuperação

Em Londres, barril do tipo Brent é negociado por volta de US$ 32.

 

Os preços do petróleo atingiram uma máxima de um mês e meio esta sexta-feira (15), perante sinais de que a procura por petróleo esta a aumentar, após a China ter reportado um aumento nas operações nas refinarias e completando uma semana de notícias optimistas no que toca a oferta.

O petróleo West Texas Intermediate (WTI) subiu 65 centavos, ou 2,36%, nos US$ 28,21 por barril, depois de atingir 28,75 dólares, o seu nível mais alto desde o início de Abril. O WTI ganhou 9% na sessão anterior.

Em Londres, o barril do petróleo tipo Brent subiu 81 centavos, ou 2,6%, a US$ 31,94, depois de atingir US$ 32,50, o nível mais alto desde 13 de abril. O Brent subiu quase 7% na quinta-feira.

Ambos os contratos estão a caminho de uma terceira semana consecutiva de ganhos.

“Mais sinais de recuperação da procura, juntamente com o aprofundamento dos cortes na produção da OPEP +, bem como de ‘shut-ins’ e declínios naturais de países fora da OPEP +, estão a ajudar os preços do petróleo a recuperar”, disse Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities do SEB.
Fonte: G1

Arábia Saudita anuncia redução da produção de petróleo em junho

Corte será de 1 milhão de barris por dia (mdb), em um esforço para aumentar os preços.

 

O Ministério da Energia da Arábia Saudita informou nesta segunda-feira (11) que pediu à companhia estatal Saudi Aramco que reduza sua produção em 1 milhão de barris por dia (mbd) a partir de junho, em um esforço para aumentar os preços do petróleo.

Esse corte reduziria a produção do país, o maior exportador de petróleo do mundo, para 7,5 milhões de barris por dia, informou o Ministério da Energia em um comunicado citado pela agência oficial de notícias SPA.

Já o ministro do Petróleo do Kuwait, Khaled al-Fadhel, disse que seu país deve reduzir sua produção em 80.000 barris por dia, a fim de apoiar a iniciativa saudita. “O Kuwait apoia os esforços da Arábia Saudita para restaurar o equilíbrio do mercado de petróleo”, disse Fadhel em comunicado citado pela agência de notícias KUNA.

Outro aliado de Riade, os Emirados Árabes Unidos anunciaram uma redução de 100.000 barris por dia em sua produção de petróleo a partir de junho. O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suheil al-Mazruie, chamou a medida de “uma contribuição aos esforços da Arábia Saudita para equilibrar o mercado de petróleo”, informou a agência oficial WAM.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) — da qual Arábia Saudita, Kuwait e Emirados são membros — e seus principais parceiros, unidos na OPEP+, concordaram em 12 de abril com um corte na produção de 9,7 milhões de barris por dia (mbd) ao longo de dois meses. Esta medida excepcional entrou em vigor em 1º de maio.

De acordo com o acordo concluído em abril, a Arábia Saudita já reduziu sua produção para 8,5 milhões de barris, atingindo o nível mais baixo em mais de uma década. Apesar dessas reduções maciças, os preços ainda não se recuperaram, na ausência de uma recuperação real da demanda, paralisada pela crise ligada ao novo coronavírus.

“O reino busca por meio dessa nova redução incentivar os países da OPEP e os países produtores fora da OPEP a respeitarem suas promessas de reduzir sua produção e fazer reduções adicionais para apoiar a estabilidade do mercado mundial de petróleo”, disse o Ministério saudita.

Atualmente, o preço do barril está em cerca de US$ 30.
Fonte: G1

Preços do petróleo avançam 3% com flexibilização de lockdowns

Cortes nos bombeamentos pelos principais países também ajudaram a sustentar a alta das cotações.

 

Os preços do petróleo avançaram 3% nesta segunda-feira (4), à medida que mais países anunciaram que começarão a flexibilizar os “lockdowns” pelo coronavírus e que cortes de bombeamento pelas principais nações produtoras e empresas entram em cena.

A demanda global por combustíveis caiu cerca de 30% em abril, devido principalmente às ordens de isolamento, e o fraco consumo deve rondar os mercados do petróleo por meses, mesmo com a redução de oferta por grandes produtores a partir de 1º de maio. No entanto, analistas afirmaram que a ação veloz dessas partes pode ajudar a reduzir o excesso de oferta mais rapidamente.

“O mercado continua precificando a ideia de que as coisas estão melhorando”, disse Gene McGillian, vice-presidente de pesquisas de mercado da Tradition Energy em Stamford, Connecticut.

O petróleo Brent fechou o dia cotado a US$ 27,60 por barril, alta de 0,76 dólar, ou 2,9%, enquanto o petróleo dos Estados Unidos avançou 0,61 dólar, ou 3,1%, para US$ 20,39 o barril.

“Devemos ver os cortes de produção começando a aparecer agora… A lenta retomada não apenas de alguns Estados aqui nos EUA, mas também em alguns países da Europa, está começando a aliviar parcialmente alguns dos temores de demanda”, acrescentou McGillian.

Itália, Finlândia e diversos Estados norte-americanos estão entre os vários governos que se movimentam nesta segunda-feira para flexibilizar restrições em busca de uma retomada econômica, embora autoridades alertem contra medidas muito rápidas em um momento em que os casos de coronavírus no mundo passam de 3,5 milhões e as mortes batem 250 mil.
Fonte: G1

Barril de petróleo continua em queda entre movimentos especulativos

Nos EUA, barril WTI era negociado perto de US$ 11 e, em Londres, Brent era vendido pouco acima de US$ 20.

 

O preço do barril de WTI, petróleo de referência nos Estados Unidos, operava em queda expressiva nesta terça-feira, depois de perder 25% na véspera, abalado pela saída de um importante fundo americano em um contexto sombrio para o mercado.

Às 6h25 (horário de Brasília), o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em junho era negociado a US$ 11,59, uma queda de 9,31% na comparação com fechamento de segunda-feira, depois de registrar o mínimo de 10,07 dólares uma hora antes (uma queda de 21%).

O barril de Brent do Mar do Norte, petróleo de referência na Europa, para entrega em junho era vendido a US$ 20,34 em Londres, uma alta de 2,40%.

“O preço do petróleo (americano) continua em queda devido às preocupações sobre o armazenamento e a demanda, mas também como resultado dos movimentos especulativos”, explica Al Stanton, analista da RBC.

“Os preços, que já desabaram na segunda-feira, continuaram em queda durante as negociações asiáticas depois que (o fundo americano) USO indicou que estava se desfazendo dos contratos de junho, ou seja, quase 20% de seus bens”, disse Neil Wilson da Markets.com.
Fonte: G1

Preços do petróleo sobem em meio à aceleração de cortes no bombeamento

Kuwait informou nesta quinta-feira que iniciou cortes de oferta ao mercado. Demanda global por combustíveis recua cerca de 30% em abril.

 

Os preços do petróleo voltaram a subir nesta quinta-feira (23), ampliando a recuperação depois de grandes países produtores da commodity afirmarem que vão acelerar os cortes planejados de bombeamento para combater a queda dramática de demanda devido à pandemia do novo coronavírus.

As cotações do petróleo estão em uma das semanas mais tumultuadas da história. O valor de referência dos Estados Unidos fechou a – US$ 37,63 por barril na segunda-feira (20), na pior liquidação do contrato em todos os tempos. Já o petróleo Brent, “benchmark” internacional, atingiu uma mínima de duas décadas na terça-feira, antes de se recupear.

Desde o início do ano, ambos já perderam mais de dois terços de seus valores. A demanda global por combustíveis apresenta queda de cerca de 30% em abril, e a oferta vai superar a demanda nos próximos meses devido à pandemia.

Nesta quinta-feira, o Brent avançou 0,96 dólar, ou 4,7%, e fechou cotado a 21,33 dólares por barril, enquanto o WTI teve alta de US$ 2,72, ou 19,7%, e terminou o dia a 16,50 dólares o barril.

“Estamos vendo, dentro da indústria norte-americana, uma reação real a esses preços super baixos. Isso está criando algumas brechas para que os preços se recuperem um pouco”, disse John Kilduff, sócio do fundo de hedge Again Capital em Nova York.

Ele se refere ao declínio no número de sondas de petróleo em atividade nos EUA, cuja contagem atingiu o menor nível desde 2016, e à redução de 100 mil barris por dia (bpd) na produção da commodity no país na semana passada, para 12,2 milhões de bpd.

“Mas ainda é difícil ficar animado com preços que estão pouco acima dos 15 dólares”, ponderou Kilduff.

Cortes de oferta

O Kuwait disse nesta quinta-feira que iniciou os cortes de oferta ao mercado internacional antes mesmo do dia 1º de maio, quando um acordo da Opep+ entra em vigor. Já a Rússia estuda opções para reduzir o bombeamento, e pode chegar até mesmo a queimar seu próprio petróleo, segundo fontes.
Fonte: G1

Preços do petróleo sobem após atingirem menor nível desde 1999

Mais cedo, o Brent tocou US$ 15,98 por barril, menor nível neste século.

 

Os preços internacionais do petróleo passaram a ser negociados em alta nesta quarta-feira (22), após terem recuado mais cedo para abaixo de US$ 16, menor nível desde 1999, impulsionados por cortes voluntários e forçados de produção esperados como forma de combater o excesso de oferta causado pela crise do coronavírus.,

O petróleo Brent subia 8,43%, a US$ 20,96 por barril, às 10h32 (horário de Brasília). Já oo petróleo dos Estados Unidos avançava 18,93%, a US$13,76 por barril.

Mais cedo, o Brent tocou US$ 15,98 por barril, menor nível desde junho de 1999. Já o barril WTI chegou a perder 8,04%, caindo a US$ 10,76.

A Opep+ fechou acordo neste mês para novas restrições de oferta, mas medidas adotadas pelo mundo para combater a disseminação do vírus reduziram ainda mais a demanda. A expectativa é de que a queda nos preços gere cortes de produção por motivos econômicos ou devido à falta de capacidade de armazenamento, destaca a Reuters.

Na terça-feira, os contratos futuros do Brent para entrega em junho recuaram 24%, para US$ 19,33 por barril, no menor valor desde fevereiro de 2002. Já o petróleo dos EUA caiu 43%, a US$ 11,57.

Poucos compradores; aumento das reservas
A sobreoferta tem crescido desde que a Opep+, liderada por Arábia Saudita e Rússia, falhou em prorrogar cortes de produção no mês passado. A Opep+ chegou a um acordo para novos cortes neste mês, mas medidas de isolamento de governos para conter a pandemia cortaram ainda mais a demanda.

O contrato de barril de WTI para entrega expirou nesta terça-feira (21), o que significou que aqueles que o assinaram tiveram de encontrar compradores físicos. Com o aumento das reservas nos Estados Unidos nas últimas semanas, os produtores foram obrigados a baixar o preço para fazer essa conta fechar, provocando o colapso dos preços na segunda — o contrato mais próximo do vencimento nos EUA caiu para território negativo pela primeira vez em todos os tempos na segunda-feira.

Na semana passada, a Administração de Informações sobre Energia dos EUA informou que as reservas de petróleo subiram 19,25 milhões de barris, enquanto a demanda recuou 30%.

Mercado pressionado

Embora países produtores tenham concordado em reduzir bombeamento e as maiores petroleiras do mundo também estejam diminuindo produção, os cortes não serão rápidos o suficiente para evitar problemas nas próximas semanas.

“O mercado de petróleo está profundamente encrencado e é pouco provável que saia desse mal-estar no curto prazo”, disse Stephen Brennock, da corretora PVM. “A demanda está baixa, a oferta está elevada e os estoques estão cheios.”

O mercado de petróleo passou nesta semana por alguns dos momentos mais selvagens da história das negociações. “Estejam preparados para mais surpresas nesse mercado quebrado do petróleo”, disse o chefe de mercados de petróleo da Rystad Energy, Bjornar Tonhaugen.

O Brent chegou agora a níveis tão baixos quanto vistos quando a Opep também lutava contra um excesso no mercado e havia preocupação entre empresas e consumidores — na época dos temores relacionados ao “bug do milênio”, que poderia afetar computadores na virada do século.
Fonte: G1

Preço do petróleo americano despenca mais de 40%, e vai abaixo de US$ 11 o barril

Bloqueios e restrições de viagens em todo planeta têm um forte impacto na demanda pela commodity.

 

A cotação do petróleo americano registrava queda de quase 40% nesta segunda-feira (20), abaixo de US$ 12 o barril – um novo mínimo em mais de duas décadas, consequência da redução expressiva da demanda mundial provocada pela pandemia de coronavírus.

Por volta das 12h15 (horário de Brasília), o barril americano West Texas Intermediate (WTI) perdia 41,38% e era negociado a US$ 10,71 a unidade. Este é seu menor nível desde 1999, de acordo com a France Presse. Em 2011, o barril valia US$ 114.

Ao mesmo tempo, o barril de Brent do Mar do Norte, referência para o mercado europeu, recuava 5,16%, a US$ 26,63 o barril.

Nas últimas semanas, o mercado de petróleo registrou o menor nível de preços em quase 20 anos. Bloqueios e restrições de viagens em todo planeta têm um forte impacto na demanda. A crise aumentou depois que a Arábia Saudita, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), iniciou uma guerra de preços com a Rússia, que não integra o cartel.

Os dois países encerraram a disputa no início do mês, quando aceitaram, ao lado de outros parceiros, reduzir a produção em quase 10 milhões de barris diários para estimular os mercados afetados pelo vírus. Ainda assim, os preços continuam em queda. Analistas consideram que os cortes não são suficientes para compensar a forte redução da demanda.

>”Os preços do petróleo continuarão sob pressão”, destaca o banco ANZ em um comunicado. “Embora a Opep tenha aceitado uma redução sem precedentes na produção, o mercado está inundado de petróleo”, acrescenta a nota. “Ainda existe o temor de que as instalações de armazenamento nos Estados Unidos estejam ficando sem capacidade”, analisa o banco.

Michael McCarthy, especialista da CMC Markets, afirma que a queda do WTI “evidencia um excesso” das reservas de petróleo no terminal de Cushing (Oklahoma, sul dos Estados Unidos).

O índice de referência americano agora está “desvinculado” do Brent, referência do petróleo europeu, e “a diferença entre os dois atingiu o nível mais elevado em uma década”, ressaltou.

O contrato de barril de WTI para entrega em maio termina em breve, o que significa que aqueles que o assinaram têm de encontrar compradores físicos. As reservas já aumentaram muito nos Estados Unidos nas últimas semanas, porém, o que significa que terão de baixar seus preços.

A Administração de Informações sobre Energia dos EUA informou que as reservas de petróleo subiram 19,25 milhões de barris na semana passada.

Sukrit Vijayakar, analista da Trifecta Consultants, destaca que as refinarias americanas não conseguem transformar o petróleo cru de maneira suficientemente rápida, o que explica por que há menos compradores e, ainda assim, as reservas continuam aumentando.

“Acredito que, em breve, voltaremos aos menores níveis desde 1998, por volta dos 11 dólares”, afirmou Jeffrey Halley, analista de mercados da OANDA entrevistado pela AFP.
Fonte: G1

Temor com demanda ofusca acordo da Opep+ e preços do petróleo fecham sem direção comum

Brent fechou em alta de 0,8%, enquanto WTI recuou 1,5%.

 

Os preços do petróleo terminaram esta segunda-feira (13) sem direção comum, pois o acordo entre grandes países produtores para um corte histórico de oferta ainda é visto como insuficiente para eliminar preocupações relacionadas à destruição de demanda causada pela pandemia de coronavírus.

Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 0,8%, a US$ 31,74 por barril. Já o petróleo dos Estados Unidos (EUA recuou 1,5%, para US$ 22,41 o barril, menor valor de fechamento desde 1º de abril, depois de operar em alta de 5% no início do dia.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), ao lado da Rússia e de outras nações produtoras, que formam um grupo conhecido como Opep+, concordaram durante o fim de semana em reduzir o bombeamento em 9,7 milhões de barris por dia (bpd) em maio e junho, o que representa cerca de 10% da oferta global.

Além disso, vários outros países também vão reduzir produção, com o corte total sendo estimado em cerca de 19,5 milhões de bpd.

“A resposta fraca do mercado do petróleo ao acordo da Opep+ parece apropriada”, disse Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates. “O acordo ficou parecendo uma tentativa desesperada de último minuto de provocar um choque no mercado, mas que até aqui fracassou, dada a magnitude da deterioração de demanda.”

O consumo global de combustíveis recuou em quase 30% por causa da pandemia de Covid-19, que matou mais de 110 mil pessoas em todo o mundo e fez com que diversas nações entrassem em isolamento.

Isso deve resultar em um excesso de oferta por meses ou anos, apesar dos cortes de produção, o que tende a limitar os ganhos nos preços do petróleo mesmo com o acordo da Opep+, que só foi concluído após dias de negociações.
Fonte: G1

Trump diz esperar acordo entre Rússia e sauditas sobre petróleo em breve; preços do barril saltam

Barril de petróleo e negociado em alta ao redor de 10% nesta quinta-feira (2).

 

O presidente norte-americano Donald Trump disse que conversou recentemente com líderes da Rússia e da Arábia Saudita e que acredita que os dois países chegarão a um acordo para encerrar sua guerra de preços no mercado de petróleo “em poucos dias”, reduzindo a produção para apoiar as cotações.

Ele também afirmou que convidou executivos do setor de petróleo dos Estados Unidos à Casa Branca para discutir meios de ajudar à indústria, “devastada” pela forte queda na demanda durante a pandemia de coronavírus e pela disputa entre russos e sauditas.

“Eu vou me encontrar com os produtores de petróleo na sexta-feira. Vou me reunir com produtores independentes de petróleo também na sexta-feira ou no sábado. Talvez domingo. Nós teremos um monte de reuniões sobre isso”, disse Trump a jornalistas.

“Ao redor do mundo, a indústria de petróleo tem sido devastada”, disse ele. “É muito ruim para a Rússia, é muito ruim para a Arábia Saudita. Quero dizer, é muito ruim para ambos. Eu acredito que eles vão fazer um acordo.”

Os preços do petróleo saltavam nesta quinta-feira (2). Perto das 8h20 (horário de Brasília), o barril do tipo Brent subia 10,23%, em Londres, a US$ 27,27. Já o barril WTI, nos EUA, tinha alta de 9,35%, a US$ 22,21.

Os preços globais do petróleo caíram mais de 60% neste ano, à medida que o coronavírus impacta economias pelo mundo, ao mesmo tempo em que os importantes produtores Rússia e Arábia Saudita começam a inundar o mercado com petróleo.

A queda nos preços ameaça a indústria de produção de petróleo “shale” nos EUA com possíveis falências e dispensas de funcionários em massa, o que levou o governo norte-americano a buscar meios de proteger o setor.

Nos encontros com executivos de petróleo, Trump deve discutir uma série de opções para apoiar a indústria, incluindo a possibilidade de tarifas sobre importações de petróleo da Arábia Saudita, segundo o Wall Street Journal, que noticiou primeiro as reuniões.

Importantes petroleiras como Exxon, Chevron, Occidental Petroleum e Continental Resources devem participar do encontro inicial na sexta-feira, segundo o jornal.
Fonte:G1

Petróleo é armazenado em navios-tanque em ritmo recorde

Navios-tanque globais são estocados com petróleo em ritmo recorde diante do rápido esgotamento da capacidade de armazenamento em terminais em um mercado saturado, segundo uma das maiores empresas do setor.

Uma combinação de produção crescente dos maiores produtores do mundo e destruição da demanda decorrente do surto de coronavírus sobrecarrega o armazenamento em reservatórios, disse Robert Hvide Macleod, CEO da Frontline Management. O mercado global deve estar produzindo cerca de 20 milhões de barris a mais por dia, ou 20% do consumo normal, disse, em linha com análises gerais do setor.

“O petróleo tem sido estocado em navios a uma velocidade nunca vista antes”, disse. Ele destaca que o ritmo de armazenamento da frota de navios-tanque é cinco vezes maior do que em 2015, último registro de excesso no mercado de petróleo.

A estrutura do mercado de petróleo é marcada pelo chamado “supercontango”, o que significa que agora é vantajoso para operadores comprarem e armazenarem petróleo para depois lucrarem com preços mais altos daqui a meses ou até anos. A International Seaways, outro proprietária de petroleiros, disse na quinta-feira que o volume total de petróleo em armazenamento flutuante pode atingir 100 milhões de barris durante o superávit do mercado.

A consultoria IHS Markit disse que os reservatórios poderão atingir 100% da capacidade até o fim do segundo trimestre com as taxas atuais de oferta e demanda, o que implica que produtores terão que reduzir a produção em breve. Empresas como Vitol e o Gunvor, duas das maiores tradings de petróleo do mundo, dizem que há forte demanda para estocar barris no mar.

Petroleiros menores.

Traders geralmente buscam navios maiores para armazenamento de petróleo, pois são os mais econômicos. Nos últimos dias, porém, armadores também têm recebido consultas de embarcações menores que podem armazenar um milhão de barris ou menos e por períodos superiores a 12 meses, disse Lois Zabrocky, presidente da International Seaways.

“Este é um tipo de evento único em uma geração”, afirmou a executiva na quinta-feira.

As taxas de navios-tanque subiram nas últimas semanas, puxadas pelo excesso de petróleo no mercado e maior demanda por petroleiros. As taxas de referência saltaram para cerca de US$ 120 mil por dia em relação aos US$ 40 mil no início do mês. Os preços ainda mostravam alta na sexta-feira, o que torna o armazenamento menos rentável, segundo especialistas do mercado.
Fonte: UOL Economina

Petróleo firma queda e caminha para quinta semana seguida de perdas

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Cotações oscilaram mais cedo após declaração de ministro da Rússia sobre novo corte de produção, mas agora mercado espera para ver, aponta banco

O petróleo oscilou mais cedo nesta sexta-feira e se firmou em território negativo, direcionando-se para fechar em queda pela quinta semana consecutiva diante dos impactos do surto de coronavírus sobre a demanda, já que a China é o maior importador da commodity no mundo. Os dados fracos de produção industrial nos principais países da Europa tampouco ajudaram a segurar a alta vista mais cedo.

Por volta de 9h30, os preços dos contratos para abril do Brent, a referência global, caíam 0,55%, a US$ 54,63 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os contratos para março do WTI recuavam 0,69%, a US$ 50,60 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

Na semana, o Brent registra perda de 3% e o WTI cai quase 2%. No ano, até o momento, os preços do Brent e do WTI registram queda de 16%.

Mais cedo, os preços da commodity chegaram a operar em alta depois de o ministro de Relações Exteriores da Rússia ter feito uma breve declaração durante visita ao México afirmando que apoia a “ideia” de um aprofundamento no corte de produção.

No entanto, após a reunião técnica da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia (Opep+), realizada no meio da semana, relatos apontaram que os representantes da Rússia e da Arábia Saudita não chegaram a um consenso sobre o tamanho do corte. A Arábia Saudita defendeu uma redução de mais 600 mil barris diários, enquanto a Rússia sinalizou que prefere estudar melhor a proposta.

O mercado está no modo “esperar para ver”, com a eventual decisão da Opep+, principalmente da Rússia, afirma o banco de investimento norueguês DNB Markets. A reunião técnica de três dias do cartel nesta semana não conseguiu estabelecer uma data para uma reunião ministerial de emergência, e a Rússia, líder do grupo de aliados, ainda está considerando sua posição, acrescentou.

Fonte: Valor Econômico

Com petróleo no quintal, família é obrigada a abandonar a pecuária e se apega à possibilidade de ficar rica

petróleo em terreno particular

Família descobriu petróleo em propriedade do interior do Paraná em 2012 e desde então espera resposta da ANP; óleo inviabilizou produção de leite, que era fonte de renda.

Há oito anos a família Maciel espera por uma resposta. Ela aguarda o retorno da Agência Nacional de Petróleo (ANP) sobre a exploração das terras do Ervino Maciel, em Itapejara D’Oeste, no sudoeste do Paraná, onde foi encontrado petróleo.

A descoberta ocorreu em 2012, após uma análise da Mineração do Paraná (Mineropar). O estudo concluiu que o solo da propriedade de Ervino possui, a mil metros de profundidade, rochas semelhantes às encontradas em áreas petrolíferas.

Procurada pelo G1, a ANP disse que, apesar da existência do petróleo no sítio, não há, no momento, área licitada ou previsão de licitar região que abranja Itapejara D’Oeste.

A agência explicou que, pela legislação brasileira, quando uma área com o recurso natural é licitada, explorada e as operadoras produzem petróleo ou gás natural em uma propriedade particular, a empresa paga ao dono das terras uma participação sobre o que foi produzido. Contudo, os recursos são do governo federal. (Entenda mais ao final da reportagem).

Prejuízos

Mesmo com o passar dos anos, a família revelou que tem esperança de, um dia, ter o retorno positivo da agência, segundo a neta Patrícia Aparecida Misturini.

“Quando o pessoal da ANP veio no sítio, eles disseram que essas coisas demoram mesmo. Sinto que 2020 será o ano! Tomara que esse 2020 venha para resolver todos os problemas.”

Apesar das expectativas positivas, a família disse que já pagou caro pelo petróleo no solo do sítio. Eles foram obrigados a abandonar a pecuária.

Conforme a neta de Ervino, os exames que descobriram o petróleo só foram feitos após algumas vacas da propriedade morrerem.

Patrícia explicou que, por causa do petróleo no solo, as águas do sítio ficaram contaminadas e mataram os animais.

Além de a família ter que se desfazer do gado de leite, os avós dela também ficaram sem água potável.

Com a água contaminada, um vizinho de Maciel cedeu a água de um poço, que foi encanada, para que a família pudesse ter água limpa novamente.

Fonte: G1

Preço do petróleo sobe após morte de Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária do Irã

Barril Brent

Preço aumentou cerca de 4%, uma hora depois da confirmação do bombardeio americano no aeroporto de Bagdá nesta quinta-feira (2).

O preço do petróleo aumento cerca de 4%, depois da morte de Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária do Irã nesta quinta-feira (2).

O valor do barril do tipo brent era de 68,90 dólares nas primeiras horas de funcionamento do mercado asiático nesta sexta-feira (3).

Os Estados Unidos confirmaram a autoria do bombardeio ao aeroporto de Bagdá, que matou Soleimani, Abu Mahdi al-Muhandis, chefe de milícia iraquiana apoiada pelos iranianos, e outras seis pessoas, segundo agências internacionais.

Por meio de nota, o Pentágono afirmou que o objetivo foi deter planos de futuros ataques iranianos e que a ordem partiu do presidente Donald Trump.

Soleimani era um alto líder das forças militares iranianas e um herói nacional, portanto os especialistas dizem que o impacto geopolítico do atentado será alto.

O colunista Guga Chacra, da GloboNews, afirma que Soleimani era um dos homens mais poderosos do Irã e que sua morte terá consequências geopolíticas gravíssimas.

Ele chefiava a Guarda Revolucionária, uma força paramilitar de elite que responde diretamente ao aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país há 30 anos.

O Irã tem a quarta maior reserva do petróleo no mundo.

Tensão no Iraque entre EUA e Irã

As mortes ocorrem em meio a uma escalada de tensão no Iraque que ameaça transformar o país em um campo de batalha entre forças apoiadas por Estados Unidos e Irã no Oriente Médio.

Desde o fim de outubro, militares e diplomatas americanos foram alvo de ataques, e na semana passada um funcionário dos EUA morreu em um bombardeio com foguetes.

A crise subiu de patamar na terça (31), quando milicianos iraquianos invadiram a embaixada americana em Bagdá. Trump acusou o Irã de estar por trás e prometeu retaliação.

A invasão da embaixada foi uma resposta a um ataque americano na fronteira com a Síria que matou 25 combatentes das Forças de Mobilização Popular do Iraque no domingo (29).

Uma hora após a divulgação da morte de Soleimani por agências de notícias, os preços do petróleo no mercado internacional já tinham aumentado 4%. O barril brent era vendido a US$ 68,90.

Fonte: G1