‘Não estamos aumentando artificialmente o preço do dólar’, diz Bolsonaro

Trump e Bolsonaro

Na segunda-feira (2), o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou Brasil e Argentina de estarem promovendo uma desvalorização ‘maciça’ de suas moedas.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (4) que o governo não está “aumentando artificialmente” a cotação do dólar.

Na segunda-feira (2), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Brasil e Argentina “têm presidido uma desvalorização maciça de suas moedas”. De acordo com Trump, agricultores norte-americanos estariam sendo prejudicados, já que, com o real e o peso valendo menos em relação ao dólar, exportações de Brasil e Argentina ficam mais competitivas.

A declaração do presidente dos EUA levantou avaliações no mercado financeiro de que o governo brasileiro poderia estar valorizando o dólar de forma artificial. Em novembro, o real foi a quarta moeda no mundo que mais perdeu valor na comparação com a norte-americana.

Bolsonaro negou a possibilidade de o governo estar interferindo na cotação, ao ser questionado sobre o tema por jornalistas na porta da residência oficial do Palácio da Alvorada.

“Nós não queremos aqui aumentar artificialmente, não estamos aumentando artificialmente o preço do dólar”, afirmou Bolsonaro.

De acordo com o presidente, um dos motivos da alta da moeda norte-americana nas últimas semanas é a guerra comercial entre EUA e China.

“O mundo está globalizado. A própria briga comercial entre Estados Unidos e China influencia o preço do dólar aqui”, disse Bolsonaro.

Tarifas sobre aço e alumínio

Ao acusar Brasil e Argentina de desvalorizarem suas moedas, Trump disse que iria restaurar a sobretaxa sobre o aço e o alumínio vendido pelos dois países. A sobretaxa nas tarifas foi aplicada pelo governo dos EUA no ano passado, em relação a vários parceiros comerciais, mas Brasil e Argentina obtiveram, em agosto, uma espécie de “alívio” nos preços.

Bolsonaro, que diz ter uma boa relação com o presidente norte-americano, afirmou nesta quarta que acredita que Brasil e EUA chegarão a um “bom termo” com relação ao aço e ao alumínio.

“Eu acredito no Trump, não tenho nenhuma idolatria por ninguém, tenho uma amizade, não vou falar amizade, não frequento a casa dele nem ele a minha, mas temos um acordo, com contato bastante cordial”, afirmou Bolsonaro.

Questionado se ficou decepcionado com Trump, Bolsonaro disse que não, pois o norte-americano ainda não “bateu o martelo” sobre a taxação.

“Não tem decepção porque não bateu o martelo ainda. Não é porque um amigo meu falou grosso numa situação qualquer que eu já vou dar as costas para ele”, disse Bolsonaro.

Fonte: G1

IPCA-15 fica em 0,09% em outubro, menor taxa para o mês desde 1998

Consumidor

Com o resultado, o índice que é considerado a prévia da inflação acumulou um aumento de 2,69% no ano

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,09% em outubro, após ter avançado à mesma taxa de 0,09% em setembro, informou nesta terça-feira, 22, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a menor taxa de variação para meses de outubro desde 1998, quando a taxa foi de 0,01%, segundo o IBGE.

O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados na pesquisa do Projeções Broadcast, que esperavam de uma queda de 0,03% a uma alta de 0 12%, mas veio superior à mediana de 0,03%.

Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 2,69% no ano. Nos 12 meses encerrados em outubro, o indicador ficou em 2,72%, abaixo do piso da meta de inflação para 2019, que é de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo, mas acima da mediana das estimativas do mercado financeiro. As projeções iam de avanço de 2,60% a 2,75%, com mediana de 2,66%.

Fonte: Exame