Dólar engata nova alta e chega a R$ 5,94; no câmbio turismo, vai a R$ 6,14

Na terça, moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 5,8691, em alta de 0,86%.

 

Depois de um início instável, o dólar engatou mais um dia de alta nesta quarta-feira (13), depois de ter batido na véspera nova cotação recorde de fechamento, após discurso desanimador do chairman do Federal Reserve, com os investidores de olho no recrudescimento das incertezas políticas locais.

Às 13h53, a moeda norte-americana subia 0,96%, a R$ 5,9253. Na máxima do dia até o momento, chegou a R$ 5,9449. Já o dólar turismo chegou a bater em R$ 6,1432, sem considerar o IOF. Veja mais cotações.

Na terça-feira, o dólar encerrou o dia vendido a R$ 5,8691, em alta de 0,86%, batendo novo recorde nominal de fechamento, isto é, sem considerar a inflação. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,8860. No mês, a alta acumulada é de 7,89%. No ano, o avanço chegou a 46,37%.

Tensão em Brasília

Na véspera, pesou no mercado de câmbio o aumento da tensão política em Brasília, onde advogados e investigadores assistiram ao vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril. Quatro fontes que assistiram ao vídeo confirmaram à TV Globo e à GloboNews os motivos externados pelo presidente Jair Bolsonaro para exigir a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

Segundo esses relatos, no vídeo, o presidente menciona preocupação com a família ao falar da necessidade de trocar superintendente da PF no Rio. De acordo com as fontes, Bolsonaro menciona na reunião que não quer os “familiares” prejudicados.

Ainda por aqui, o mercado reage à revisão divulgada pelo governo federal para as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB): a expectativa agora é de um tombo de 4,7% na economia este ano. A previsão anterior, divulgada em março, era de que a economia teria crescimento de 0,02% em 2020.

Cenário externo

Nos mercados globais, ressurgiram preocupações com os riscos de abertura prematura da economia.

O chairman do banco central norte-americano, Jerome Powell, disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos podem enfrentar um “período prolongado” de crescimento fraco, acrescentando que o Fed não considera o uso de juros negativos como ferramenta de política monetária.

“Tinha uma expectativa do mercado de que Powell poderia sinalizar juros negativos nos EUA depois que o (presidente norte-americano) Donald Trump renovou as pressões acerca do assunto ontem”, disse Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho. “A fala de Powell frustrou os investidores e fez com que os mercados virassem.”

Na Europa, o Reino Unido informou nesta quarta que o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 2% no 1º trimestre de 2020, na maior retração desde o quarto trimestre de 2008.

Fonte: G1

Trump diz esperar acordo entre Rússia e sauditas sobre petróleo em breve; preços do barril saltam

Barril de petróleo e negociado em alta ao redor de 10% nesta quinta-feira (2).

 

O presidente norte-americano Donald Trump disse que conversou recentemente com líderes da Rússia e da Arábia Saudita e que acredita que os dois países chegarão a um acordo para encerrar sua guerra de preços no mercado de petróleo “em poucos dias”, reduzindo a produção para apoiar as cotações.

Ele também afirmou que convidou executivos do setor de petróleo dos Estados Unidos à Casa Branca para discutir meios de ajudar à indústria, “devastada” pela forte queda na demanda durante a pandemia de coronavírus e pela disputa entre russos e sauditas.

“Eu vou me encontrar com os produtores de petróleo na sexta-feira. Vou me reunir com produtores independentes de petróleo também na sexta-feira ou no sábado. Talvez domingo. Nós teremos um monte de reuniões sobre isso”, disse Trump a jornalistas.

“Ao redor do mundo, a indústria de petróleo tem sido devastada”, disse ele. “É muito ruim para a Rússia, é muito ruim para a Arábia Saudita. Quero dizer, é muito ruim para ambos. Eu acredito que eles vão fazer um acordo.”

Os preços do petróleo saltavam nesta quinta-feira (2). Perto das 8h20 (horário de Brasília), o barril do tipo Brent subia 10,23%, em Londres, a US$ 27,27. Já o barril WTI, nos EUA, tinha alta de 9,35%, a US$ 22,21.

Os preços globais do petróleo caíram mais de 60% neste ano, à medida que o coronavírus impacta economias pelo mundo, ao mesmo tempo em que os importantes produtores Rússia e Arábia Saudita começam a inundar o mercado com petróleo.

A queda nos preços ameaça a indústria de produção de petróleo “shale” nos EUA com possíveis falências e dispensas de funcionários em massa, o que levou o governo norte-americano a buscar meios de proteger o setor.

Nos encontros com executivos de petróleo, Trump deve discutir uma série de opções para apoiar a indústria, incluindo a possibilidade de tarifas sobre importações de petróleo da Arábia Saudita, segundo o Wall Street Journal, que noticiou primeiro as reuniões.

Importantes petroleiras como Exxon, Chevron, Occidental Petroleum e Continental Resources devem participar do encontro inicial na sexta-feira, segundo o jornal.
Fonte:G1