Barril de petróleo continua em queda entre movimentos especulativos

Nos EUA, barril WTI era negociado perto de US$ 11 e, em Londres, Brent era vendido pouco acima de US$ 20.

 

O preço do barril de WTI, petróleo de referência nos Estados Unidos, operava em queda expressiva nesta terça-feira, depois de perder 25% na véspera, abalado pela saída de um importante fundo americano em um contexto sombrio para o mercado.

Às 6h25 (horário de Brasília), o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em junho era negociado a US$ 11,59, uma queda de 9,31% na comparação com fechamento de segunda-feira, depois de registrar o mínimo de 10,07 dólares uma hora antes (uma queda de 21%).

O barril de Brent do Mar do Norte, petróleo de referência na Europa, para entrega em junho era vendido a US$ 20,34 em Londres, uma alta de 2,40%.

“O preço do petróleo (americano) continua em queda devido às preocupações sobre o armazenamento e a demanda, mas também como resultado dos movimentos especulativos”, explica Al Stanton, analista da RBC.

“Os preços, que já desabaram na segunda-feira, continuaram em queda durante as negociações asiáticas depois que (o fundo americano) USO indicou que estava se desfazendo dos contratos de junho, ou seja, quase 20% de seus bens”, disse Neil Wilson da Markets.com.
Fonte: G1

Preços do petróleo sobem em meio à aceleração de cortes no bombeamento

Kuwait informou nesta quinta-feira que iniciou cortes de oferta ao mercado. Demanda global por combustíveis recua cerca de 30% em abril.

 

Os preços do petróleo voltaram a subir nesta quinta-feira (23), ampliando a recuperação depois de grandes países produtores da commodity afirmarem que vão acelerar os cortes planejados de bombeamento para combater a queda dramática de demanda devido à pandemia do novo coronavírus.

As cotações do petróleo estão em uma das semanas mais tumultuadas da história. O valor de referência dos Estados Unidos fechou a – US$ 37,63 por barril na segunda-feira (20), na pior liquidação do contrato em todos os tempos. Já o petróleo Brent, “benchmark” internacional, atingiu uma mínima de duas décadas na terça-feira, antes de se recupear.

Desde o início do ano, ambos já perderam mais de dois terços de seus valores. A demanda global por combustíveis apresenta queda de cerca de 30% em abril, e a oferta vai superar a demanda nos próximos meses devido à pandemia.

Nesta quinta-feira, o Brent avançou 0,96 dólar, ou 4,7%, e fechou cotado a 21,33 dólares por barril, enquanto o WTI teve alta de US$ 2,72, ou 19,7%, e terminou o dia a 16,50 dólares o barril.

“Estamos vendo, dentro da indústria norte-americana, uma reação real a esses preços super baixos. Isso está criando algumas brechas para que os preços se recuperem um pouco”, disse John Kilduff, sócio do fundo de hedge Again Capital em Nova York.

Ele se refere ao declínio no número de sondas de petróleo em atividade nos EUA, cuja contagem atingiu o menor nível desde 2016, e à redução de 100 mil barris por dia (bpd) na produção da commodity no país na semana passada, para 12,2 milhões de bpd.

“Mas ainda é difícil ficar animado com preços que estão pouco acima dos 15 dólares”, ponderou Kilduff.

Cortes de oferta

O Kuwait disse nesta quinta-feira que iniciou os cortes de oferta ao mercado internacional antes mesmo do dia 1º de maio, quando um acordo da Opep+ entra em vigor. Já a Rússia estuda opções para reduzir o bombeamento, e pode chegar até mesmo a queimar seu próprio petróleo, segundo fontes.
Fonte: G1

Preços do petróleo sobem após atingirem menor nível desde 1999

Mais cedo, o Brent tocou US$ 15,98 por barril, menor nível neste século.

 

Os preços internacionais do petróleo passaram a ser negociados em alta nesta quarta-feira (22), após terem recuado mais cedo para abaixo de US$ 16, menor nível desde 1999, impulsionados por cortes voluntários e forçados de produção esperados como forma de combater o excesso de oferta causado pela crise do coronavírus.,

O petróleo Brent subia 8,43%, a US$ 20,96 por barril, às 10h32 (horário de Brasília). Já oo petróleo dos Estados Unidos avançava 18,93%, a US$13,76 por barril.

Mais cedo, o Brent tocou US$ 15,98 por barril, menor nível desde junho de 1999. Já o barril WTI chegou a perder 8,04%, caindo a US$ 10,76.

A Opep+ fechou acordo neste mês para novas restrições de oferta, mas medidas adotadas pelo mundo para combater a disseminação do vírus reduziram ainda mais a demanda. A expectativa é de que a queda nos preços gere cortes de produção por motivos econômicos ou devido à falta de capacidade de armazenamento, destaca a Reuters.

Na terça-feira, os contratos futuros do Brent para entrega em junho recuaram 24%, para US$ 19,33 por barril, no menor valor desde fevereiro de 2002. Já o petróleo dos EUA caiu 43%, a US$ 11,57.

Poucos compradores; aumento das reservas
A sobreoferta tem crescido desde que a Opep+, liderada por Arábia Saudita e Rússia, falhou em prorrogar cortes de produção no mês passado. A Opep+ chegou a um acordo para novos cortes neste mês, mas medidas de isolamento de governos para conter a pandemia cortaram ainda mais a demanda.

O contrato de barril de WTI para entrega expirou nesta terça-feira (21), o que significou que aqueles que o assinaram tiveram de encontrar compradores físicos. Com o aumento das reservas nos Estados Unidos nas últimas semanas, os produtores foram obrigados a baixar o preço para fazer essa conta fechar, provocando o colapso dos preços na segunda — o contrato mais próximo do vencimento nos EUA caiu para território negativo pela primeira vez em todos os tempos na segunda-feira.

Na semana passada, a Administração de Informações sobre Energia dos EUA informou que as reservas de petróleo subiram 19,25 milhões de barris, enquanto a demanda recuou 30%.

Mercado pressionado

Embora países produtores tenham concordado em reduzir bombeamento e as maiores petroleiras do mundo também estejam diminuindo produção, os cortes não serão rápidos o suficiente para evitar problemas nas próximas semanas.

“O mercado de petróleo está profundamente encrencado e é pouco provável que saia desse mal-estar no curto prazo”, disse Stephen Brennock, da corretora PVM. “A demanda está baixa, a oferta está elevada e os estoques estão cheios.”

O mercado de petróleo passou nesta semana por alguns dos momentos mais selvagens da história das negociações. “Estejam preparados para mais surpresas nesse mercado quebrado do petróleo”, disse o chefe de mercados de petróleo da Rystad Energy, Bjornar Tonhaugen.

O Brent chegou agora a níveis tão baixos quanto vistos quando a Opep também lutava contra um excesso no mercado e havia preocupação entre empresas e consumidores — na época dos temores relacionados ao “bug do milênio”, que poderia afetar computadores na virada do século.
Fonte: G1