(Des) Respeito ao Acionista

810André de Almeida Rodrigues*

Lupus est homo homini lúpus, ou “o homem é o lobo do homem” já afirmava o brocardo popularizado por Thomas Hobbes, ao tentar racionalizar a necessidade de um governo (e, portanto, de regras estáveis) para permitir o convívio social, evitando que os indivíduos mutuamente se destruam na busca de seus próprios interesses. Continue lendo “(Des) Respeito ao Acionista”

Os bônus milionários dos executivos da Oi

2

Não existe nenhuma guerra empresarial tão grande no Brasil atualmente quanto a da telefônica Oi. Pois a temperatura dessa disputa subiu muito na semana passada com uma notícia-crime, impetrada pelos acionistas minoritários contra a administração da empresa, presidida hoje por Eurico Teles. Com 44 páginas e 400 anexos, a acusação, assinada pelo advogado André Almeida, questiona a distribuição de bônus da ordem de 51 milhões de reais a alguns dos executivos da operadora. De acordo com a denúncia, sem nenhuma comprovação de notas fiscais e contrariando as regras impostas pelo estatuto, Zenial Bava, ex-presidente, recebeu 40 milhões de reais a título de remuneração por resultado. O então diretor de Finanças, Bayard Gontijo, ganhou 8 milhões. O presidente do Conselho, José Augusto da Cunha, ficou com 2 milhões e José Mauro Figueira, secretário do Conselho, com 1 milhão. A ação considera essas somas “desvios de recursos” da companhia.

Fonte: Radar/ VEJA

Conselho da Oi discutirá nesta quarta-feira novos termos para plano de recuperação

contato

Segundo fontes próximas do assunto, a nova versão em análise representa uma flexibilização das propostas defendidas inicialmente pelo acionista mais influente da Oi, Nelson Tanure, após enfrentar resistência da diretoria, do agente regulador e de credores.

 

A maior novidade do novo plano, se aprovado pelo conselho, será a possibilidade de entregar até 65% das ações da Oi para os credores que possuem títulos internacionais emitidos pela companhia (bondholders). Esse porcentual será alcançado se forem cumpridos os mecanismos previstos no novo plano para aporte de recursos e conversão de dívidas. Nas propostas anteriores, esse patamar não passava de 25%.

 

De acordo com os novos termos, a capitalização pode totalizar R$ 11 bilhões, sendo R$ 3 bilhões pela conversão das dívidas em ações e R$ 8 bilhões pela injeção de novos recursos.

 

Nesse caso, o aporte dos bondholders subirá de R$ 3,5 bilhões previstos na versão anterior para até R$ 5,5 bilhões na nova versão. Já o desembolso dos acionistas seguirá em R$ 2,5 bilhões, como já sugerido antes.

 

Além disso, a capitalização será automática após a aprovação do plano em assembleia e não dependerá de chamamento por parte do conselho de administração.

 

“O valor de aporte dos bondholders subiu porque foi percebido que existe demanda de mercado. Os investidores enxergam grande potencial na Oi”, comentou uma fonte. Segundo ele, as sinalizações de interesse teriam partido de fundos relevantes, como Aurelius, Golden Tree, além daqueles que compõem o G6, grupo que já mantinha conversas próximas com representantes de Tanure.

 

Outra novidade é que aquele credor que assinar o termo de compromisso (PSA, na sigla em inglês) para aprovar o plano de recuperação da Oi na assembleia e participar da injeção de recursos só receberá o pagamento da comissão quando a capitalização for efetivada. A companhia ainda terá o direito de optar pelo pagamento em dinheiro ou em ações.

 

A versão anterior do plano previa pagamento antecipado das comissões, em dinheiro, fato que enfrentou grande resistência da diretoria da Oi. A preocupação dos executivos é que o caixa da companhia ficaria desfalcado, inviabilizando investimentos. “É uma evolução. Essa proposta tem parte das coisas que a diretoria já falava, como o pagamento de fees só junto com o aumento de capital”, apontou outra fonte.

 

O valor das comissões é de 8% da capitalização dos bondholders de R$ 3,5 bilhões a R$ 5,5 bilhões. Portanto, devem ficar em torno de R$ 280 milhões a R$ 440 milhões.

 

Para que seja apreciado na assembleia geral de credores marcada para 7 de dezembro, o novo plano deve ser protocolado até 27 de novembro, conforme determinação judicial. Portanto, a reunião do conselho será decisiva para o andamento das negociações, que até aqui não encontraram consenso.

 

Fonte: O Estado de S. Paulo

Acionista da Oi contrata PJT para negociar com credores

3O Société Mondiale, fundo de investimentos administrado pelo investidor Nelson Tanure, quer que a PJT o ajude a acabar com o impasse com os detentores de títulos internacionais da Oi quanto ao plano de recuperação judicial da cia., disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto. Continue lendo “Acionista da Oi contrata PJT para negociar com credores”

“A Oi foi salva pelos seus funcionários”, diz Nelson Tanure

1O empresário Nelson Tanure, dirigente do Fundo Société Mondiale, acionista relevante da Oi, diz ser necessária a adoção de um pequeno aditivo ao plano de recuperação da empresa. “Não existe investimento ou reestruturação da dívida capaz de equilibrar a Oi sem que haja uma mudança completa e estrutural da Lei Geral de Telecomunicações”, afirma. Segundo ele, a diversidade da equipe de colaboradores da Oi e a sua grande capacidade de trabalho serão os grandes propulsores da construção de uma nova identidade. “É nisso que acreditamos há um ano, quando comecei a estudar a empresa. A Oi é do tamanho do Brasil e tem pressa em sair da recuperação judicial, voltando à liderança de mercado”, afirma. Continue lendo ““A Oi foi salva pelos seus funcionários”, diz Nelson Tanure”