Como esta costureira criou uma rede de escolas de R$ 72 milhões

Muitos pensam que, para criar um negócio de sucesso, é preciso ter estudado nas melhores escolas ou ter trabalhado em empresas revolucionárias. Porém, começar com atividades simples pode trazer ensinamentos tão valiosos quanto para sua trajetória empreendedora.Leiza Oliveira é um exemplo disso: sua primeira fonte de renda, aos 15 anos de idade, foi cortar e costurar calcinhas e vender para suas colegas. Seu próximo negócio, a escola de inglês Minds Idiomas, acabou evoluindo para uma rede de franquias que faturou 72 milhões de reais apenas no ano passado. E a experiência como costureira, diz a empreendedora, teve tudo a ver com desenvolver suas habilidades em gerir um empreendimento.

Primeiros passos

Oliveira começou a trabalhar bem cedo, seguindo o exemplo de sua mãe. “Ela me ensinou a bordar e costurar, e achei interessante ganhar um dinheirinho com isso”, explica.

Ela virou uma a “empresa de uma pessoa só”: cortava, costurava e vendia calcinhas para amigas e colegas. “Isso me deu uma oportunidade de conhecer como funciona o mundo dos negócios. Quando você abre uma empresa, é necessário abrir caminhos e deixar as pessoas saberem o que você faz. Então tive de aprender como me relacionar com as pessoas e como falar melhor, por exemplo. Foi excelente para minha vida profissional.”

Porém, logo chegou a época do vestibular e a estudante teve de se decidir por um curso. Oliveira se formou no antigo Magistério, mas nunca se identificou com a carreira de docente. Decidiu, então, virar auxiliar de escritório em uma escola de inglês.

Lá, os funcionários poderiam aprender o idioma de graça. “Sou de uma família humilde e nunca tive como estudar inglês. Acabei me apaixonando pelo idioma, e decidi que queria ter uma escola só minha”, diz a empreendedora.

Era a hora de deixar o empreendimento de costura para um de educação. “Foi esse primeiro negócio que me deu coragem de abrir algo maior no futuro. É engraçado pensar que eu comecei um negócio meu e, só depois, virei funcionária”, conta. “E, como empregada, sempre sentia que faltava alguma coisa e queria implantar outras práticas.”

Depois de um ano e meio como auxiliar de escritório, Oliveira largou a vida de funcionária (e de costureira) e virou franqueada em tempo integral. Foram treze anos de carreira nesse modelo de empreendedorismo.

Fonte: Exame

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